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O Brasil supera o obscurantismo

Eduardo de Ávila

As urnas do último domingo, ainda que divididas meio a meio, mostraram que os brasileiros não aprovam tentativas de golpe e instalação de regime autoritário. Era essa a senha do ainda e eventual pR para seus seguidores. Muitos deles, reconheço, não comungam com essa ideia esdrúxula de regime forte e autoritário. Levados pela ainda resistente onda de fora PT e Lula ladrão. Duas bobagens, em minha concepção, pois nada fora comprovado contra o presidente que agora vai para o seu terceiro mandato.

Nem vou entrar nessa celeuma de que foi condenado pelo marreco, em primeira instância, depois confirmado pelos desembargadores do TRF 4ª região, até ser anulada pelo Supremo por incompetência da primeira condenação. Tampouco comentar o papel do Moro e Dallagnol, na ocasião e nos tempos posteriores até agora, pois quero conversar é sobre a maturidade na escolha de domingo, seu desenrolar e consequências que virão pela frente.

Vivemos os quatro últimos anos sob o fogo cruzado de uma guerra de ódio alimentada pelo ainda pR. Suas ações e grosserias invadiram nossas casas e o nosso dia a dia. Seja de quem resistia ou de seus seguidores. O cara debochava das mortes na pandemia, esbravejava contra quem questionasse e seus apoiadores batiam palmas. A resistência enfrentou e o confronto ia para as ruas. Cenas de violência entraram na nossa rotina, motivadas e incendiadas pelo ocupante do cargo de pR.

A eleição, um tanto plebiscitária e o resultado comprova a divisão do país e dos brasileiros, acabou dando a vitória – muito comemorada – ao lado que entendo defende a democracia. Novos tempos e desafios nos esperam pela frente. Ainda não sabemos ao certo qual será o legado desses quatro anos de um governo que não se preocupou com questões sociais. A fome, pobreza e miséria, entre tantos outros problemas estão a olho nu pelas ruas das cidades. Lula já antecipou que suas duas primeiras missões serão o combate à fome e ao ódio instalado pelo seu antecessor. Tarefa difícil, pois o bolsoloídismo impregnou em pessoas que jamais poderíamos imaginar. Muita decepção cada qual de nós percebeu nestes últimos tempos.

Paralelo a isso, no caso de nós mineiros, aguardarmos o desenrolar dos fatos. Disse aqui, por duas ocasiões, em tom crítico que o governador Zema é mal assessorado por seus ninfetinhos e mais ainda que foi açodado no anúncio de apoio ao presidente em exercício que tentava continuar no cargo. Afirmei mais, que pelo seu perfil, não conseguiria transferir votos. Não errei, pois seu candidato perdeu novamente em Minas Gerais.

Mas, qual a consequência disso? Em termos administrativos, posso afirmar que nada vai mudar. Lula foi presidente por oito anos, convém lembrar aos idiotas de plantão que foi sucedido por Dilma e nesses 14 anos não tentaram implantar comunismo ou socialismo, e durante esse período governou para os brasileiros e não para seu partido. Diferente de muitos outros, notadamente desse que está com os dias contados no Alvorada e no Planalto, é estadista e pensa grande.

Mas de volta ao governo Zema. Como disse, além de apressado nesse apoio, acabou se expondo em demasia. Desnecessariamente, talvez instruído por seus guris e gurus da campanha e de mandato.

Agora, de volta ao chão, começa a ter a responsabilidade de estruturar seu próximo governo e base na Assembleia. Neste imbróglio, ao que leio, tem gente que critica o governador reeleito – ainda que pelas reservadas redes sociais – pleiteando cargo no governo. Pior, tem até adeptos do terceiro turno da eleição presidencial, que no domingo à noite se ocupava em mandar mensagens de luto pelo resultado das eleições brasileiras.

Seguramente, uma das grandes preocupações – pelo menos deveria – será a construção de uma base e também chapa consensual para a mesa da Assembleia Legislativa. Ao que vejo, dois de seus principais articuladores – jovens ainda – estão colocando os pés pelas mãos. Um deles, responsável pela candidatura do Aro ao Senado – tentou emplacar esse moço na vice do Zema – insistindo em projetos pessoais em detrimento da governabilidade. Portanto, o governador reeleito, diferente do primeiro mandato e até na campanha deveria assumir o papel dessas articulações a deixar nas mãos desses garotinhos que – insisto – que ainda fedem a cueiro e fralda de bebê. Entendedores entenderão!

Fui assumidamente Lula desde o primeiro momento. Não sou e nunca fui petista, tampouco comunista, mas percebo que estou me tornando lulista!

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  • Já publiquei o poema abaixo em outra ocasião, mas ele se mostra, mais uma vez, atual, pertinente. São versos do escritor português Manuel Alegre, em homenagem à Revolução dos Cravos que colocou um ponto final na ditadura salazarista.

    Foram dias, foram anos
    A esperar por um só dia
    Alegrias, desenganos
    Foi o tempo que doía
    Com seus riscos e seus danos
    Foi a noite e foi o dia
    Na esperança de um só dia

    Abraços!

  • Nossa nem precisa colpcar que é amanylte do bandido!seu texto parcial ja demonstra isso !!!Infelizmente seremos levados aos caos mais ministerioz mais gastos irrespomsabilodade fiscal!E vc sik tera suas digitais nessas desgovenanças e sera conrado por isso!!Nem to falando de corrupcao !!Alias essa ficou escancarada com o cara das malas no palanque ne!!A historia mostrara o lado certo!!!Poderia ser a Argentina ou Venezuela .Mas pagamos para ver

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