Silvia Ribeiro
Não vou dizer que dentro de mim não há espaços para saudades. Mas algumas precisam saber morrer.
Às vezes, vamos dedilhando lembranças e grande parte delas parecem sem sangue, à espera de um milagre.
E aquele impulso para um pertencimento que nos entenda não passa de uma fuga das nossas emoções, porque na verdade só existe um anseio de vida, contando uma velha história.
Supõe-se que o tempo chegará com bons modos e dirá que ainda tem coisas boas pra contar, e que é preciso colocar loucuras dentro dos nossos sonhos, ainda que o desânimo nos sabote.
Mas é tudo muito improvável quando se tem um coração ferido por ausências e um raiar de sol que demora pra acontecer. E, nesse interím, pode ser que algumas lágrimas se deixem à mostra.
Podemos até dizer que tudo isso não muda nada e que é possível ter olhos frescos, regando a secura dessas verdades que o destino nos impõe.
Porém, penso que dentro de todo esse emaranhado de sentimentos anoitecidos, podemos encontrar um fio solto que nos leve a uma saudade que não machuca e use a poesia pra ir de ponta a ponta arguindo os nossos corações.
Vejo uma dúvida no céu da boca me dizendo:
Saudade dói ou faz cócegas?
COMO doi
Mas as vezes faz cócegas.
Priminha poetisa lindíssima!
Texto lindo e de muita inspiração!
Você sempre nos brindando com textos maravilhosos!
Bjos
Gratidão! ❣
Suas palavras encantam Silvia. Parabéns….
Fico feliz que goste!