Nunca imaginei que o futebol, uma diversão desde os tempos de criança, chegasse às raias de um quase levante separatista. Não de território, dentro do Brasil, mas – sinceramente – deviam rever esse campeonato brasileiro. Dessa vez com minúsculo por ser organizado pela também minúscula cbf.
Durante décadas, nós Atleticanos convivemos com o infortúnio de uma série de sacanagens dessa entidade, sempre em favor dos clubes do eixo RJ/SP. Nesta temporada, com uma campanha brilhante – quase iguais aquelas que nos ceifaram no “apito amigo“ de tempos anteriores, iniciamos o levante pela moralidade e isonomia na reta final da competição.
Como resposta, tivemos no meio da semana, aquela desastrada atuação de um árbitro que veio a Belo Horizonte com todos os indicativos de querer tirar ponto do nosso time do coração. No domingo, em novo episódio dessa série, nova provocação em ação idêntica aconteceu no jogo do Galo em Goiânia. A reação ganhou força e os atores dessa vergonha, igualmente se organizaram dentro do seu eixo.
Na programação esportiva dessa gente, desfilaram comentaristas nada isentos – entre os quais um palhaço que veste a camisa do nosso principal concorrente ao título – para cagar regras que nunca foram observadas por eles próprios. Eu visto a camisa do meu Galo e não dissimulo. Já esse sujeitinho, que recentemente posou até de analista financeiro pra reclamar aporte feito por Atleticanos, não assenta sobre o próprio rabo. Outro blogüeiro, metido a moralista, demonstrou estar escandalizado. Não com o jogo do Galo, mas do mais protegido dos time brasileiros.
Agora, ao que pude perceber, a palavra de ordem entre esses algozes e falsos defensores da moralidade – organização e cronistas – é insinuar nosso lado provinciano à reação que não terá fim e nem limites. Daí, com meu orgulho dessa origem caipira, fico daqui a pensar sobre esse novo desarranjo dessa gente que passa o dia no futevôlei.
Essa cbf, como já disse insistentemente lá no outro blog, teve entre seus últimos presidentes três que não concluíram o mandato e um outro que foi condenado a prisão domiciliar. Isso, por si só, já me bastaria para encerrar o assunto e dizer que é melhor ser provinciano que viver sob a égide, apoio e cobertura do poder paralelo. Ah! Entre esses quatro mencionados acima, um deles – Ricardo – desgraçadamente nasceu em Minas Gerais, porém fez a vida na condição de genrocrata no Rio de Janeiro. Os três outros, todos paulistas. Aliás, a cbf, embora fique no Rio é gerida pela pauliceia desvairada.
Mas, de volta à sede da entidade, que por ser no Rio de Janeiro – historicamente – deixa dúvidas sobre a lisura de seus atos que a história escancara a favor de times do Rio e também de São Paulo. Vasco, Botafogo, Fluminense e Flamengo – todos – já ganharam títulos duvidosos em prejuízo da igualdade e da paridade entre os demais clubes nacionais.
Porém, vejam que curioso, Minas Gerais – meu estado que orgulhosamente já ofereceu ao Brasil homens públicos como Juscelino, Tancredo e Itamar – é uma província onde se respeita princípios morais e éticos que parecem ser desconhecidos aos organizadores da competição nacional. Insistem, reitero isso, em nos chamar de provincianos em suas resenhas informais. Se assim o fazem, imagino que essa deve ser a palavra de ordem entre seus membros. Dirigentes e arbitragem, daí essas lástimas e vergonhosas dos últimos dias.
Mas, para fechar essa prosa de hoje em espaço alternativo e de alcance diferenciado, vamos fazer uma curta comparação. Se Minas Gerais teve políticos honrados, como os que mencionei acima, quais foram os últimos governantes cariocas e o destino de cada um deles. Moreira Franco, Rosinha Garotinho, Anthony Garotinho, Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão e Wilson Witzel. Por onde andam esses e qual o caminho de cada um deles nos últimos tempos? Por isso mesmo, os cariocas de bem – que são muitos – vivem numa insegurança danada. E recentemente o Rio de Janeiro ofereceu ao Brasil, isso que estamos vivenciando.
Pra frente Brasil, com a força e a fé dos provincianos que são honestos e justos. Quando ao futebol, para ser mesmo um Campeonato Brasileiro – com maiúsculo – tem de tirar das mãos de quem não tem credibilidade. Refiro a cbf e sua chefe, a tv. Se preciso for, em caso extremo, dividir e que voltem com o Rio/São Paulo e nós – provincianos – participando de uma verdadeira integração nacional.
Em tempo: hoje, à partir de 20h, no programa “Bastidores” da Rádio Itatiaia, com João Victor Xavier e Edu Panzi, vou falar sobre esse assunto. Te aguardo!
*imagens extraídas das redes sociais
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Assino junto e acompanharei a noite. Abraço Du
Adorei seu conteúdo Parabéns, bem completo e dinâmico.
Era exatamente o que eu estava buscando na internet e
todas as minhas dúvidas foram tiradas aqui. Muito sucesso e
gratidão!