Pitacos da semana

Eduardo de Ávila

Depois daquele longo período de isolamento, com a vida voltando à normalidade, todos passamos a viver e conviver com as dificuldades do dia a dia de cada um de nós. Trabalho, nossos lazeres – no meu caso futebol e cinema –, locomoção e seguimos pensando sobre nossas futuras escolhas de toda ordem. Especialmente nas eleições do próximo ano.

Semana passada, num post despretensioso aqui, falei sobre ter carro, usar um veículo por assinatura ou me valer dos aplicativos de transporte urbano. Passei a semana seguindo com essas avaliações, porém a única certeza que tenho é de abandonar o uso da Uber. Serviço péssimo e caro. Descartada e até já zerei meus créditos sempre pagos antecipadamente.

Pra se ter uma ideia, no meio da semana solicitando esse serviço, da Savassi até minha casa – distante 2,8 km, a tarifa seria de 17 reais. Dispensei e peguei um taxi, paguei 11 reais. Ao que soube, esse aplicativo aumentou muito a tarifa ao usuário e pouco ao prestador de serviço. Isso explica os constantes cancelamentos que nos tornamos vítimas dos motoristas da Uber.

Domingo, em retiro espiritual dentro de casa pelo forte calor e em razão de atividades profissionais intensas nos últimos tempos, optei por ver um jogo de futebol de time adversário. O meu Galo já havia atuado – e vencido – no sábado. Tive o privilégio de ver ao maior mico da televisão brasileira de todos os tempos. E o melhor – sim melhor – pois essa gente (Rede Esgoto de Televisão) merece, pois manipulam tudo no Brasil. Futebol, economia e política. Pois bem, na partida do Vasco, profissionais dessa emissora – assumiram a condição de “três patetas” – ao vivo para todo o Brasil. O time carioca vencia por um gol a zero, fez o segundo e os comentaristas – distraidamente – não perceberam que o tento fora anulado. Na sequência, o adversário empatou e os “profissionais” seguiram a transmissão e ao final anunciaram o placar de dois a um para o time do Rio de Janeiro. Só depois de algum tempo se deram conta do fiasco. Bem feito! É uma emissora que brinca com a opinião pública e faz os brasileiros de trouxas tem décadas.

Por fim, minha intromissão final dos últimos dias. Os lunáticos boçalnaristas andam sumidos das redes sociais e até mesmo do nosso entorno. Depois de tantas asneiras que seu líder – tocador de berrante – andou fazendo, aparentemente, essa gente enfiou a “viola no saco”. Não creio nisso, acho que estão “na muda”, e quando menos a gente esperar reaparecem com seus argumentos fake news a encher o nosso velho e cansado saco de paciência. Mas, o mais estranho a mim, é o silêncio conveniente do grupo que é o principal concorrente do Bozo no próximo ano.

Refiro ao PT, aquele partido que alguns imbecis conservadores adoram me atacar e me taxam de militante, que diminuiu o tom das críticas no exato momento de enorme fragilidade dos arroubos boçalnaristas. Esse emudecimento tem explicação fácil e qualquer adolescente percebe. Qual é a maior bandeira para a eleição do Lula no próximo ano? Atacar o Bolsonaro, claro!

Se o cara enfraquecer ainda mais, ou mesmo sofrer o merecido processo de impedimento, qual seria o mote da campanha petista em 2022? E mais, se Bolsonaro for afastado do cargo, evidentemente que esses conservadores irão buscar abrigo e tentar criar uma terceira via que assegure a eles os privilégios que conseguiram neste período recente. Temer e Bolsonaro destruíram muitas conquistas sociais, e a volta de um governo popular de esquerda coloca em risco esse retrocesso que só interessa ao grande capital.

Enfim, assim é o jogo político, enquanto muitos se enfrentam aqui na base e brigam com parentes, vizinhos e amigos, esses atores da vida pública se confraternizam, rezando ou não na mesma cartilha.

Vida que segue. Tomara que a moralidade contamine aos personagens destas situações. Futebol também é business, eu sei, mas a ética deve ser prioridade para manter o torcedor acreditando. A informação não deve e nem pode ser contaminada com interesses econômicos em detrimento da maioria. Nossas escolhas precisam ser avaliadas no nosso íntimo e não pelo que lemos e ouvimos. E, por fim, se tivéssemos transporte urbano digno, desnecessário seria a utilização de carros e aplicativos.

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