Aos 14 anos, aquela era a maior expectativa do ano: a viagem com o colégio para Angra dos Reis. Ou como era chamada oficialmente, o Curso de Biologia Marinha.
Praia, sol, independência, ouriços do mar e melhores amigas. O que poderia dar errado?
Havia, contudo, um dilema: usar biquíni em frente ao pessoal do colégio.
Eu e meu grupo de quatro amigas tínhamos acabado de entrar na puberdade. Como muitos adolescentes, éramos inseguras. O corpo em transformação era algo com o qual ainda estávamos nos acostumando.
Nosso uniforme escolar consistia em largas calças de moletom e camisetas ao estilo unissex. Ir à aula de bermuda já era um desafio. Usar roupas de banho diante dos colegas seria a provação completa.
Após uma conversa, encontramos a solução: iríamos, nós cinco, de maiô.
Tratamos de providenciar cada uma o seu modelo. Escolhi um amarelo com estampa colorida xadrez.
Chegamos ao nosso destino munidas daquele novo uniforme. Ele nos protegia do constrangimento ao mesmo tempo em que evidenciava nosso medo. E foi assim que aproveitamos a viagem. Em conjunto, com nossos maiôs, invejando em segredo as colegas que se sentiam mais livres…
Lembro dessa história com carinho, pena e certo alívio.
Carinho por aquelas meninas que enfrentaram a seu modo os desafios de crescer. Pena porque gostaria que não tivessem se preocupado tanto. E alívio porque vejo que essas mesmas amigas se tornaram grandes mulheres.
A amizade durou. De moletons a maiôs, fomos aprendendo. E hoje, o que nos une é um pacto de coragem.
Leonardo Paixão Era uma terça-feira, dia pouco especial. Daqueles que lentamente somem da memória. De…
Sandra Belchiolina Essa é a introdução da música “O Sol”, da banda Jota Quest. A…
Daniela Piroli Cabral danielapirolicabral@gmail.com Ultimamente, tenho me interessado muito pelo campo das palavras e sobre…
Luciana Sampaio Moreira Espero com uma ponta de ansiedade e alegria, a chegada do cartão…
Eduardo de Ávila Se tem algo que não aprendi, embora estímulos não me tenham faltado,…
Victória Farias Capítulo 5 Era três e vinte da manhã quando o celular tocou, despertando…