A flexibilização e volta à normalidade

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Eduardo de Ávila

Não tem novo normal, tampouco velho normal. Aos poucos, com todos os cuidados que o momento sugere e exige, estamos retomando às nossas atividades profissionais e costumes do dia a dia. Foi um momento atípico a todos nós, e eu, nos meus mais de 60 anos, jamais tive ou imaginei viver essa “prisão domiciliar”, imposta por um vírus desconhecido.

Também evito buscar responsabilidades sobre essa pandemia, entretanto, ao meu livre pensar, tenho cá minhas conclusões pessoais. Dias atrás, num Uber, ouvia do motorista uma crítica aos hospitais de campanha que nem chegaram a ser utilizados, colocando em dúvida esses gastos dos gestores públicos. Ouvi e fiz a ponderação que julgo pertinente.

Explico. Se, preventivamente, não tivéssemos nos preparado, esses mesmos gestores – independente do uso do local – seriam questionados por parte da população. Ao que sei, no caso mineiro, toda aquela estrutura será transferida à rede hospitalar e terá grande utilidade no presente e no futuro.

Diria mais, os índices de Minas Gerais motivam o mineiro a se orgulhar das ações e precauções tomadas pelo Estado. Somos a unidade da Federação com menor taxa de contaminação e mortes percentuais. Além da ação do governo, somos um povo disciplinado e nos resguardamos de acordo com as orientações da ciência.

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Ainda ao meu entendimento, os números nacionais só não foram maiores graças às ações eficientes de governos estaduais e municipais. Diferente do Executivo Federal, trataram e ainda tratam a pandemia com os cuidados que ela sugere. A doença segue desconhecida. Por mais avançados que estejam os estudos e pesquisas, ainda aguardamos medicamento e vacina para nossa total alforria pelas ruas, avenidas e praças das cidades.

Se essas ações, aliadas ao bom senso da população, não tivessem sido implementas e seguidas, teríamos vivido um caos ainda maior. Todos nós perdemos pessoas queridas e tivemos outras que mereceram nossas orações e envio de boas energias à sua recuperação. Experimentei as duas situações.

Estamos vivendo dias menos tensos; já podemos ir ao trabalho e até arriscar um cafezinho na volta para casa. Ainda, no meu caso, careço da reabertura dos cinemas e arquibancadas no estádio para ver meu time do coração. Entretanto, essas poucas liberações já me sinalizam pela volta à normalidade.

Tenho, com todo cuidado que entendo ser necessário, circulado e observado pessoas e ambientes. Muitas coisas, especialmente na questão da economia, devem ser diferentes. Percebo espaços comercias que foram desativados. Fechados. Não sei se por falência ou opção. Entretanto, estou entre os que pensam ser a economia recuperável e eventuais vidas perdidas não seriam ressuscitadas.

Retorno como comecei o isolamento, crendo – entretanto – de maneira mais leve na busca de uma eventual longevidade. Sobre isso não tenho controle, mas diante de tanta coisa que pude ler, ouvir e assistir neste período – desde publicações interessantes até algumas contaminadas – sei com quem quero conviver. Não mais farei sacrifício de tolerância com quem não me convence e nem acrescenta.

Eu não quero ter razão, quero é ser feliz”, me deixou entre muitos legados que aplico ao maranhense José Ribamar Ferreira. Conhecido pelo pseudônimo de Ferreira Gullar. E, a bem dos novos tempos, seria legal que entendêssemos – todos – que “não existe verdade absoluta, temos opiniões”. Essa é a minha e assim serão meus tempos futuros.

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  • Por um mundo mais verde,pacífico e sem pandemia, difícil? Sim! Mas não impossível. Se uma fórmula de biodegradável é hj a arma mais letal contra o SARS-02,pq ñ acreditar na ciência? Viver é enfrentar um problema atrás do outro. O modo como você o encara é que faz a diferença. Sigamos meu amigo temporão! Quem sabe faz a hr, não espera acontecer.

    • Sigamos. Inclusive respeitando os cuidados recomendados.
      Ah! Recomendações da ciência e não de animais travestidos de autoridade.

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