O mês de março se inicia com o Dia Nacional do Ecoturismo – dia 1. E, comemorando a data que considero importante para discussões da atividade, partilho um trecho do meu artigo: Práticas Educativas e Interativas nas Unidades de Conservação Brasileiras.
O território brasileiro é composto por diferentes ecossistemas: Cerrado, Pantanal, Floresta Amazônica, Caatinga ou Semi-árido, Mata Atlântica, Floresta Araucária, Campos do Sul, Manguezal e as Zonas Costeiras ou Insulares, o que justificou a criação de várias unidades de conservação no país.
Consequentemente, as populações locais desses ambientes apresentam um modus vivendi diferenciado e em conformidade com o tipo de ecossistema do seu habitat. Essa biodiversidade é uma riqueza para educação ambiental e o ecoturismo.
Cabe à educação ambiental, como processo político e pedagógico, formar o cidadão com conhecimento interdisciplinar baseado em uma visão integrada do mundo.
O ecoturismo é um movimento que se expande e tem entre seus objetivos a educação ambiental.
A EMBRATUR (1994) define ecoturismo como “um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas”.
Esta definição abarca vários aspectos fundamentais para o ecoturismo. O primeiro, refere-se ao patrimônio natural e cultural cuja orientação direciona para sua utilização de forma sustentável, ou seja, com respeito ao meio ambiente natural e construído.
Sabendo-se que os recursos naturais são limitados e tendo a comunidade receptora sua expressão vivencial inserida num espaço geográfico, a interação entre os elementos do tripé “comunidade/turista/meio ambiente” deve ser feita de forma harmoniosa.
E, nesse aspecto, é muito importante a conscientização e educação sobre a riqueza do meio ambiente no que tange seu aspecto tanto natural como cultural. Configuração que gera valorização tanto da comunidade receptora como a visitante.
Outro fundamento está na preservação e conservação dos recursos naturais e culturais.
Assim, empresas governamentais, ONGs, iniciativa privada, comunidade e turistas praticantes do ecoturismo devem, antes de tudo, incorporar os princípios conservacionistas/preservacionistas.
O terceiro fundamento é a interpretação ambiental, aquela que dá significações geográficas, históricas e sócio-culturais ao meio ambiente natural e ao construído pelas ações humanas.
Por último, tem-se a orientação para a valorização das identidades dos autóctones, favorecendo uma distribuição de renda e melhorando a qualidade de vida da comunidade e o seu bem-estar, com a prática do ecoturismo em seu território.
A prática exige articulações entre os gestores municipais, o empresariado, o meio-acadêmico e a comunidade local em prol da manutenção do espaço natural e sócio-cultural nas destinações turísticas especializadas neste segmento do turismo.
Exige também a existência de espaços naturais preservados podendo ser geralmente Unidades de Conservação (UC).
Desta forma, o planejamento e a gestão do ecoturismo deverão ser capazes não somente de ordenar o meio ambiente físico como também de conscientizar os turistas e moradores locais sobre como preservar este ambiente.
A dupla educação ambiental e ecoturismo são forte aliados para que a vida permaneça no planeta Terra, conscientizando cidadãos para uma visão integrada do mundo. Ou seja, todos seus atos terão causas e efeitos.
O ecoturismo reafirma essa educação e a amplia num processo vivencial e de integração pessoa/mundo nas vastas formas de vida.
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