Sandra Belchiolina
sandra@arteyvida.com.br
NAVIO à Vista! Essa é uma inversão da máxima do descobrimento do Brasil. O verão chegou no sul.
Aqui da terra olhamos os horizontes à espera de cruzeiros marítimos que atracam em nossas praias.
Os primeiros chegam em novembro. As últimas despedidas são em março. Normalmente pós-carnaval, claro! Não vão perder uma das maiores festas do planeta.
Escrevo embarcada num deles. Durante oito dias a vista do meu escritório será para o mar, sol, paisagens e cidades lindas.
Os navios são ao mesmo tempo, meio de transporte, hotel, centro de lazer com piscinas, cassinos, shows, teatro, biblioteca e cursos diversos, como dança de salão.
São apreciados principalmente por família e amigos que encontram neles momentos para estarem juntos. Ponderam que ficam mais unidos no cruzeiro do que em outros tipos de viagens.
É um modo de viajar prático. Não tem que ficar fazendo e desfazendo mala, deslocar para aeroporto, rodoviárias, ferroviárias ou de carro. Você entra para esse “hotel” e ele vai deslocando para os destinos escolhidos.
A maioria dos navios que navegam na costa brasileira deslocam a noite. Durante o dia ficam ancorados em um porto para que o viajante conheça o lugar. Rio de Janeiro, Santos, Salvador, Ilhéus, Ilha Bela, Ilha Grande, Camboriú são algum deles.
São cinco refeições: café da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Comida dia e noite. Água e café também são oferecidos 24 horas. Demais bebidas podem ser adquiridas comprando pacote conforme o tipo de consumo do cliente. Isso se o Cruzeiro não for “all inclusive.”
Os espaços kids são fofos. No que estou, Pepa e família fazem a decoração. Há áreas de agito. As piscinas e pontos de festas noturnas são o auge. Essas ocorrem todos os dias e são temáticas: branco, Tropical, de Máscaras, Dourada e Prata e demais temas ligados também às regiões que navegam.
O é lugar aprazível e de relaxamento. Muitos pacotes de massagens e tratamento são oferecidos.
Os cruzeiros são pontos de encontro de várias nacionalidades. O Costa Pacífica, que estou, é de bandeira italiana. Muitos da tripulação são desse país, há muitos brasileiros, indianos, tailandês, argentinos. A multiplicidade de quarenta e oito nações. O mesmo ocorre aos turistas.
Com essa representatividade mundial seguimos trilhando às águas do Atlântico rumo a Montevidéu e Buenos Aires.