No consultório 

Silvia Ribeiro Eu amo escrever besteiras. Mas não é no sentido pornográfico da coisa, embora goste de dar uma apimentadinha nas palavras. Um saboroso tempero me agrada. Coisas inúteis do cotidiano costumam chamar a minha atenção, e quando isso acontece a solução é o lápis. Preciso de material que me dê a oportunidade de contar histórias. E em vários ambientes eu encontro a inspiração exata … Continuar lendo No consultório 

Não sinta saudades

  Silvia Ribeiro Quando se lembrar de mim não sinta saudades do que fui. Sinta saudades apenas das razões que te levaram ao meu encontro. Não sinta a minha falta, sou passageira e já passei. Apenas uma sobrevivente que acreditava que a nossa história ainda tinha chão, embora você fizesse questão de desacreditar e panfletar o seu desleixo. Não tente me encontrar em lugares que … Continuar lendo Não sinta saudades

Homens não são românticos

Sílvia Ribeiro Dizem que homens não são românticos.  Creio que seja a dificuldade de grandes demonstrações de sentimentos que tenha dado a eles esse rótulo. É uma modalidade intrínseca na natureza deles que as vezes flui naturalmente. Pelo menos da maioria.  Há pouco tempo tive uma grata surpresa que contradisse essa teoria.  Conversando com um amigo sobre as dificuldades que existem nos relacionamentos e todos … Continuar lendo Homens não são românticos

As vezes me sinto só.

Silvia Ribeiro As vezes me sinto só. Mas, não de uma solidão de pessoas, não é isso. Sinto solidão do que eu não encontro dentro delas. Alguns corações estão vazios de afeto e outros completamente cheios de si, no entanto lhes falta algo. Muitos se mostram espaçosos e um pouco frios, sem contar aqueles que foram fechados bruscamente e que parecem doentes. Temo não encontrar … Continuar lendo As vezes me sinto só.

Desculpe o mal jeito

Silvia Ribeiro Desculpe o mal jeito. Mas é que eu só sei ser assim, cheia de manias e confusões. As vezes pareço aqueles dramalhões de novela mexicana que ninguém assiste e que todo mundo conhece a história. Vou tentar ser sucinta e te dizer o que anda perturbando os meus hormônios. Acho que é esse seu jeito de menino levado misturado com gente grande, esse … Continuar lendo Desculpe o mal jeito

Chega de culpa

Silvia Ribeiro Interessante como vivemos emoldurados em culpas. Parece que tentamos vestir uma capa de super-heróis que com um simples golpe de mágica tudo se resolve, e quando trombamos com essa impossibilidade enchemos os nossos ombros de culpas. Das mais rochosas até as mais levianas. Pra quem não conhece, é aquela velha companheira que vive sempre nos rondando, apontando as nossas falhas, cochichando imbecilidades aos … Continuar lendo Chega de culpa

Esse destino é uma delícia

Silvia Ribeiro Depois de tantos desencontros e variados caminhos tortos, chego a um novo destino. Me parece um tanto confuso, a estrada é tortuosa, existem alguns labirintos e muitos cruzamentos. Será aqui o meu lugar? Sigo, e algumas coisas começam a fazer sentido, vejo alguns traços e eles lembram a minha silhueta. As paredes cheiram a tinta fresca e o chão parece que sabe dançar. … Continuar lendo Esse destino é uma delícia

De frente com Silvia

Silvia Ribeiro Tenho tido muitas tentativas de me entender e decifrar algumas ondas que, às vezes, batem forte no meu rosto, e outras que apenas sussurram ao meu ouvido eriçando a minha janela. E acabei percebendo que dentro de mim abriga um ser que tem vida própria e que vive completamente avesso às percepções que me fazem sentir plena dia após dia. Uma criatura que … Continuar lendo De frente com Silvia

Não tem mais tempo

Silvia Ribeiro Recentemente alguém me disse sobre o tempo. Ou melhor, a falta dele. Estamos sendo cada vez mais escravizados por ele, e nos submetendo aos seus desmandos e grilhões, e isso nos leva a um exaustivo cansaço. Não conseguimos acompanhar o seu roteiro e ficamos nessa situação de gato e rato e totalmente à mercê do seu bel-prazer, como se ele fosse o mágico … Continuar lendo Não tem mais tempo

No sofá daquele coração

Silvia Ribeiro E mais uma vez ele veio me visitar, chegou meio acabrunhado e um tanto sem aptidão, tinha uma comodidade inigualável e dava a impressão que finalmente havia encontrado o seu lugar de estimação. Ali havia alguém que abraça forte. Dentre todas essas facetas me pareceu um tanto matreiro e dono das suas saudades. E com um jeito de menino levado foi se achegando … Continuar lendo No sofá daquele coração