Titanic - Façamos

Façamos

Daniela Piroli Cabral Contato@danielapiroli.com.br (em homenagem a Chico Buarque) Texto original publicado em 29 de janeiro de 2020, quando nem imaginávamos a eleição da dona Damares para o Senado nesta eleição de 2022. Triste realidade de obscurantismo que se instalou no legislativo. Libido, termo definido pelo Houaiss como: (1) procura instintiva do prazer sexual, desejo; (2) energia que está na base das transformações da pulsão … Continuar lendo Façamos

Me livrai de outra, amém e assim seja!

Eduardo de Ávila Cá estou, trancafiado dentro de casa, obedecendo cada recomendação feita pelo médico quanto à minha última cirurgia. Já até brinquei sobre esse último procedimento duas semanas atrás, mas – confesso – além do pós-operatório, ter de conviver com cenas dos tempos atuais tem sido um horror. Exatamente agora que, as moças e moços dos tempos da adolescência, festejam os 65 anos. Sou … Continuar lendo Me livrai de outra, amém e assim seja!

Terceira cirurgia na temporada

Eduardo de Ávila E lá vou eu, daqui alguns dias para mais um novo procedimento cirúrgico. Será a nona na minha existência. Terceira vez só neste 2022. Diferente das duas que realizei na infância, garganta e retirada de apêndice, que deixaram a criança assustada, as demais foram e continuarão sendo sem pavor, medo e tampouco aflições que percebo em situações similares. Já adulto, depois de … Continuar lendo Terceira cirurgia na temporada

Ontem eu vi um amor. Fonte: arquivo pessoal.

Ontem eu vi um amor

Daniela Piroli Cabralcontato@danielapiroli.com.br Ontem eu vi um amor. Ontem eu vi um amor morrer. Antes de alcançar a maturidade, ressecou. Foi como botão de rosa que não se abriu, como um aborto prematuro, pereceu jovem, plantado em terreno árido, sob os escombros da revolução. Deixou um gosto amargo na boca, o peito esfolado e o vazio incompleto.  Antes se queriam sem reservas e a todo … Continuar lendo Ontem eu vi um amor

Eleição também é tempo de paz e de renovação

Eduardo de Ávila Nem é Natal, tampouco Ano Novo, estamos atravessando o período eleitoral. Aparentemente calmo e atípico de tempos vividos, mas um turbilhão para quem está próximo aos confrontos, notadamente os majoritários (presidente, governador e até senador), onde tem até lado que estimula uma guerra santa. Nunca vi o nome de Deus, tanto dito por gente que usa a religião em proveito próprio, ser … Continuar lendo Eleição também é tempo de paz e de renovação

Minha contrarrazão de viver

Eduardo de Ávila É inegável que, considerando especialmente esse momento atual que o pais atravessa e onde a cultura do ódio de um lado não tem limites, nos deixa – as vezes – com receio de manifestar e se posicionar sobre temas polêmicos. Sobretudo das escolhas eleitorais próximas.  Confesso que sou adepto em assumir minhas posições, que são transparentes e sem rodeios, mas ando evitando … Continuar lendo Minha contrarrazão de viver

Fim dos tempos: salada de casca e ossada

Eduardo de Ávila A primeira é uma montagem de um artista, mas que retrata muito bem o caminho que estamos percorrendo nestes tempos sombrios de boçalnarismo no Brasil. Um presidente, eleito democraticamente – ainda que num momento de histeria coletiva e uma avalanche da mídia nacional – em retaliação às conquistas sociais dos trabalhadores. Enquanto os brasileiros, notadamente os mais pobres, estão vivendo e convivendo … Continuar lendo Fim dos tempos: salada de casca e ossada

Tempos estranhos e sombrios

Eduardo de Ávila Nem na idade média, ou até mesmo antes dela, ao que me lembro dos livros de história, identifico tanta barbárie como estamos vivendo no Brasil contemporâneo. Fruto da intolerância e despreparo para viver numa democracia e respeitar os divergentes. Se aplica em todos os níveis. Na família, vizinhança, ambiente de trabalho e segue para questões mais delicadas de interesse econômico e social. … Continuar lendo Tempos estranhos e sombrios

Partida - Fonte: Arquivo pessoal

Partida

Ela estava despedaçada. Partida. O peso e as vicissitudes do viver a partiram. Faltava um pedaço que foi arrancado. Na verdade, faltavam também peças, parafusos, palavras. Ela costumava seguir firme, de cabeça erguida, ereta, inteira. De repente, não é mais possível se inteirar. Não está cabisbaixa porque não há mais cabeça. Agora, já não há mais certezas. Agora lhe restam apenas os fragmentos possíveis de … Continuar lendo Partida