Safari na África do Sul: minha experiência no Pilanesberg

Wander Aguiar

Apesar de não ser um grande aficionado por animais, minha viagem à África do Sul não estaria completa sem incluir um safari no roteiro.
Diferente do zoológico, onde os animais vivem em cativeiro e muitas vezes em condições questionáveis, a experiência de um safari sério, realizado em um parque que respeita as leis ambientais e preserva o habitat natural, é fascinante. Mas já adianto: também pode ser um pouco entediante em alguns momentos.

Durante minhas pesquisas, fiquei em dúvida entre o Kruger National Park, o maior e mais famoso da África do Sul, e o Pilanesberg National Park, menor, mas indicado para quem tem menos dias disponíveis. No fim, escolhi o Pilanesberg pela proximidade de Joanesburgo, pela facilidade de acesso e pelo melhor custo benefício.

Ainda de madrugada, fui até o ponto de encontro próximo à região onde estava hospedado. De lá, partimos para o parque com o objetivo de chegar bem cedo, já que muitos animais têm hábitos noturnos e as chances de vê-los em atividade são maiores nesse horário. O tradicional jipe de safari já nos aguardava e a aventura começou.

A sensação de avistar os primeiros animais soltos na savana é simplesmente indescritível. Foi uma mistura de estar dentro de um documentário do Discovery Channel e, ao mesmo tempo, no cenário do filme O Rei Leão, enquanto eu esperava ansiosamente pelos personagens da animação.

Pude ver diversas espécies: rinocerontes, elefantes, búfalos, girafas, impalas, kudus e, claro, muitas zebras. Incontáveis zebras. Pela manhã, a variedade era grande e cada avistamento rendia entusiasmo. Mas, depois do almoço, a quantidade de animais foi diminuindo bastante e, no fim, eram quase sempre apenas zebras. Confesso que, em certo momento, o tédio bateu e já não via a hora de retornar à cidade. Ainda assim, saí com a certeza de que a experiência tinha valido muito a pena.

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