Uma ode aos amores curtos.

Tadeu Duarte
tadeu.ufmg@gmail.com

Os que duram cinco minutos, e os que duram duas horas, e os que duram mais ou menos um dia, com uma janela aberta pro mar, vento entrando e a gente sem coragem de ir embora.

Os que duram tempo suficiente para ficar gravados na pele.

Que deixam esvair rostos, toques, bocas, gozos.

Que, sem tempo nem opção, não podem apodrecer; morrem lindos, viram belas fotografias.

Eu queria ter tido tempo de fotografar seus olhos verdes faiscantes

mas não houve tempo

e é exatamente nessa pressa

que reside toda a beleza;

quando eu senti o acorde funcionar a primeira vez,

dançamos;

quando eu te quis pela primeira vez,

dançamos.

(Jullie Utsch)

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