Regras

Silvia Ribeiro

De uns tempos pra cá, tenho cismado com algumas regras que andei consumindo e desafiado minha postura diante desse emaranhado que não parece ter objetividade.

Aliás, são tantas que fica áspero admitir uma veracidade por parte delas ou conseguir decorar suas propostas. Na maioria das vezes, tenho a sensação de que caíram de paraquedas no meu quintal, completamente órfãs.

Que fique bem claro: não existe nenhum desprezo da minha parte envolvendo essas regras, muito pelo contrário. Acho até que algumas delas deveriam ter um lugar especial na nossa identidade e serem apreciadas sem moderação.

Quem nunca sentiu falta daquelas regrinhas básicas?

Desculpe, por favor, obrigada…

O que não dá é ultrajar nossas escolhas, nem usar subterfúgios que impeçam nossas atitudes, e, assim, acreditar que elas podem calar a voz dos nossos corações.

Tampouco recuar nossos passos ao invés de alongar nossa coragem, virar a cara para nossos sonhos para corresponder a uma linguagem inexpressiva, escorraçar nossa essência para manter um visual uniformizado. Ou emburrecer nosso caráter para receber aplausos. Eu diria “curtidas”, nos dias atuais.

Dificilmente as pessoas param para pensar nos sentimentos com um olhar inovador ou admitem a urgência de repaginá-los. Bom seria mudar a decoração do nosso lado de dentro com movimentos leves para que possamos sentir o que merece ser conservado e o que já caducou.

Desistir não faz de você um covarde.

Voltar atrás não faz de você um medíocre.

Reconhecer um erro não faz de você um idiota.

Pedir perdão não faz de você um alienado.

Chorar não faz de você um fraco.

Ter empatia não faz de você um tolo.

AMAR não faz de você um louco.

(Só um pouquinho). Risos

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