Nessas linhas que terminam e para aqueles que ficam, a quem é dado o direito da última palavra? Quem decide o que acontece? A quem é dado o valor do reinado e da obediência? Aquele que representa Deus na terra parece não ter a sabedoria dele para as grandes conquistas e muito menos a ligação necessária com o divino para liderar uma nação inteira.
O Governo de uma pessoa só parece ser um tanto solitário, egoísta, pensado unicamente para dominar outros reinos, tomá-los daqueles que ocupam diferentes terras há anos, enquanto o seu povo, a sua essência, o seu ser, padece, caminhando entre as dunas do deserto da vida.
De nada adianta ocupar outras nações se dentro das suas linhas o desespero é quem escreve as regras nas tábulas da lei. De nada adianta cruzar fronteiras se não se sabe onde as suas próprias começam e terminam. De nada adianta barrar estrangeiros como forma de poder, se a solidão consome lentamente não só as noites mas também os dias desse reinado sem verão.
Ao ser solitário que caminha nessa existência, fazendo exigências, seguindo sem rumo, oco e hipocondríaco, ouça as minhas palavras: “tenha piedade dos seus, pois se você não tiver, não serão os cavaleiros dos reinados inimigos que terão.”
Pintura: A.P.D.G. (único dado conhecido do autor).
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