Pela Lei 14.402, promulgada em 2022, o Dia do Índio comemorado em 19 de abril, passa a ser denominado Dia dos Povos Indígenas – projeto, da deputada federal indígena Joenia Wapichana. A mudança ocorre com o proposito de valorização e esclarecimento sobre a diversidade das culturas dos povos originários, preservação dos saberes, da língua e tradições.
Desde a constituição federal de 1988 o movimento indígena conseguiu que as escolas indígenas atendessem suas necessidades e funcionassem de modo diferenciado. Podendo ser interculturais, ou seja, possuir conteúdo da própria cultura, como também das tradicionais escolas brasileiras. Traz a valorização da língua falada originalmente, o que não ocorria até então. Nesse embaraço para povos indígena, que muitas etnias perderem a língua materna, pois eram proibidos de falarem a própria língua.
Com o avanço dos povos indígenas na política, atualmente no Brasil tem um Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e a ministra é Sonia Guajajara, líder e ativista indígena. Minas Gerais elegeu Célia Xakriabá como deputada federal, esses são exemplos de muitos indígenas e de diversas etnias que buscam políticas e reconhecimento pela sociedade brasileira para seus valores e língua ancestral.
Como postulado por Freud, desde o início da psicanálise, o sujeito é inseparável da cultura. Lacan, aprofundou os estudos psicanalíticos, também apontando que a experiência subjetiva implica em referência ao Outro da linguagem. Os objetos de amor e de ódio estão ali implicados. Ou seja, somos marcados na experiência subjetiva pela ancestralidade transmitida pela linguagem.
É sabido que, o discurso do Outro colonizador foi imposto desde a chegada das caravelas portuguesas na costa brasileira. Na fala da Ministra Sônia Guajajaras: “São séculos de violência e violações e não é mais tolerável aceitar políticas públicas inadequadas aos corpos, às cosmologias e às compreensões indígenas sobre o uso da terra”
Celebrando o Dia dos Povos Indígena com a constatação de que há resistência, assim como algumas linguagens e consequentemente sua cultura sobreviveram (mesmo que estejam em frangalhos). E, que há psicanalistas que toparam com os sujeitos indígenas e seus sofrimentos em suas clínicas. Assim, nos colocamos a trabalho.
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