Taís Civitarese
Para Mauricio, o manipulador
Caro Mauricio,
Seja bem-vindo às consequências do que fez.
É isso mesmo. Por muito tempo, não houve nada. A culpa sempre foi do outro. Você sempre se esquivou de seus crimes com desculpas esfarrapadas. Sempre os justificou manipuladoramente como necessidades vitais ou responsabilidades alheias. Muitos acreditaram. Eu não.
Seja bem-vindo às consequências.
As pessoas têm memória. Seu discurso tortuoso não irá apagá-la. Você pode até ludibriar alguém com conversas, mas a minha medula já gravou suas falcatruas. É instintivo. Automático. Não acredito em uma palavra que você diga. Levei muito tempo para me permitir entender isso. Levei tempo para reconhecer que você não prestava. Sempre se tem esperança – quase sempre. No seu caso, não mais. As pessoas não são burras. Você deu azar porque sou muito inteligente. Te saquei logo e fiquei observando. Alguma coisa não soava bem. Quando juntei os fatos, bati o martelo. Aqui, não. Hoje, não.
Minha oposição não foi à toa. Não se vitimize como mau ator que é. Sua lágrima crocodilante não convence mais. É tudo obra sua, pura e simples. Minha rejeição é consequência do que você fez. A culpa é toda, toda sua.
Atitudes tem importância. Palavras tem importância. Negligência marca. Ameaças não são esquecidas. Não adianta vir com guaraná pra mim. Todo o passado ainda fala. Eu ainda me lembro.
“A verdade entristece, a mentira enlouquece”. Sua mentira não chega até mim porque anotei todos os seus atos para que não nos esqueçamos. Você não me confunde ou engana. Minhas células já te conhecem há tempos. Fique bem longe de mim. E suporte a ausência porque, daqui, você não passa.
Assinado: Marianne