O tarot me ajuda a entender muito do que a consciência não me permite acessar. A consciência de mim e a consciência do mundo. Há tempos eu sei, pelo cálculo da numerologia, que o meu arcano pessoal é a carta dos Enamorados. Pra quem não conhece o baralho, no Tarot de Marselha essa carta traz um homem entre duas mulheres, uma delas aparentemente sua mãe, e um cupido sobre suas cabeças, prestes a flechar seu peito. Sempre entendi essa imagem como um arquétipo que falava de escolhas – e isso não está errado –, mas ontem, somente ontem, eu me permiti enxergar essa imagem como o aprendizado do amor. Talvez eu tenha vindo ao mundo para isso: aprender a amar. E, apesar desse preâmbulo imenso, eu não vim aqui para falar de mim. Ou, pelo menos, não só de mim. Coletivamente, estamos encerrando um ano regido também pela carta dos Enamorados. E é sobre isso que eu gostaria de dizer.
Várias vezes ao longo do ano, eu repeti aos amigos mais íntimos que 2022 era uma espécie de 2020 Parte 3. Porque não está mesmo fácil, não é, minha gente? Mas a verdade é que não. Este é um ano de novos aprendizados. Um ano de escolhas. Um ano de aprender a escolher o amor. Toda escolha implica uma renúncia. O que escolhemos e a que renunciamos neste ano, como nação e como humanidade?
A carta dos Enamorados, que agora finalmente pareço entender – embora tenha a certeza de que ainda serei surpreendida por outras milhões de camadas que ainda não estão acessíveis pra mim –, nos ensina que escolher o amor também implica em renúncia. O rapaz que escolhe a sua namorada renuncia à mãe para seguir com ela. E eu sei que seria mais fácil renunciar somente ao ódio, à raiva ou aos maus pensamentos para seguir fazendo escolhas mais amorosas. Mas não. Para escolher um caminho amoroso, renunciamos a outro em que também vemos amor. Mas é preciso renunciar. Sob pena de nos tornarmos infinitamente partidos ao meio, sem jamais nos integrarmos.
Ao fazermos uma escolha, seguimos à próxima casa. 2023 é um ano sob a regência da carta do Carro. É hora de tomar as rédeas, assumir o controle e avançar. O carro segue adiante com o que já está feito. O tempo das escolhas, meus amores, esse já ficou para trás.
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