Eu sempre gostei de colocar os meus sentimentos no papel e acredito que o lápis fala muito bem por mim, mesmo quando não sou eu a protagonista.
As palavras costumeiramente exercem sobre o meu ser um fascínio, tal qual um hipnotismo, algo que vai além das minhas forças e não me deixa resistir. É como se fosse um transe, ou uma transa, que me deixa de pernas bambas sem precisar de um corpo.
Tudo nelas é verossímil, é lícito, é libertador. Elas se encaixam até mesmo quando se mostram atrevidas e desabotoam a minha alma sem que eu me resguarde, ou quando, sorrateiramente, se retraem e acobertam os meus desejos mais pudicos.
E como boas anfitriãs que são, me recebem com presteza quando vou ao encontro de outros universos que não são assinados por mim, ou quando deixo um quê de quero mais no coração de alguém.
É nessas minhas andanças pelo papel que eu posso sentir cada gesto que me encanta, cada olhar que me inspira, cada toque me excita, cada aroma que me aguça, cada alegria que me contenta, e cada sorriso que me despe.
Temos uma relação de prazer completamente avessa às castrações e fazemos valer o significado das permanências deixando de lado as brutalidades que não nos pertencem e todo barulho de desamor que nos dê boas-vindas, sem que a vida precise ser um quintal sem passarinhos. Aceitamos as intenções que nos fazem esbarrar em novos dias, em novos sóis, em novas fechaduras. E, se preciso for, em novas histórias.
E nesse momento, podemos tudo: eu, elas, e um mundo paralelo.
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Querida Sílvia, Escritora e Poetisa!
Parabéns!!!
Texto lindo e de ótima reflexão.
Obrigada!
Amei esse texto!Também amo a leitura e as formas poéticas de como as palavras são estruturadas,não apenas em poemas ,mas em prosas também!Obrigada pelo texto.
Gratidão!
Aguardando a próxima leitura
Obrigada!