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Declaração de voto(s)

Eduardo de Ávila

Em tempos difíceis, onde as escolhas estão sujeitas à avaliação e alguns até exigem sua aprovação, não tenho nenhum constrangimento em manifestar minhas opções para o próximo domingo.

Sei que vou merecer críticas dessa gente, considerações de outros, mas não vou mudar de opinião. Afinal, o voto é meu e não está em debate para apreciação de plenária ou escolha através de qualquer coletivo que pretenda.

Hoje vou apanhar bastante – aqui ou off – e serei bombardeado pela direita que se acha proprietária dos bons costumes e da moralidade (imorais, na verdade), embora não se ocupe em olhar no espelho. Sofrerei patrulhamento da esquerda, mas só daqueles que entendem ser aptos e detentores de poderes superiores para questionar e polemizar com as escolhas de terceiros. Se auto proclamam coerentes e quem pensa diferente carrega a pecha de incoerente. Eita companheirada!

Não bastasse o momento chato da vida brasileira, ainda aparecem esses “professores de Deus” te pedindo explicação e até exigindo revisão das escolhas. Que saco! Nesse quadro partidário, frágil e com legendas em sua maioria de aluguel, três delas se acham acima da razão e detentores de poderes que não lhe foram conferidos, portanto, sem legitimidade. Duas delas levam parte dos meus votos – ambos majoritários – mas escolhi pela pessoa e não pelo partido. PT e Novo – que cheira a mofo de tanta antiguidade – e ainda o PSDB. Esse último, em seus tempos de poder, parecia mais uma grife que partido político.

Vamos lá:

Presidente: Lula – 13

Não sou petista, lulista e tampouco – como também o candidato – comunista, conforme propaga o gado. Lula é de centro/esquerda. Distante desse vagabundo centrão. No que se apresenta, é a melhor opção pra derrotar o obscurantismo e emburrecimento coletivo de 30% dos brasileiros. Já votei no decepcionante Ciro em outras ocasiões, mas não se configurou como terceira via e ainda fez e faz papel ridículo no atual processo. Sou por fora Bozo, então o melhor caminho ao meu pensar é Lula-13.

Governador: Romeu – 30

Alguns dirão que é por relações de parentesco. Sua avó paterna era irmã da minha mãe. Não é verdade, tanto que em 2018 votei em Pimentel no primeiro turno. Conservador sim, porém ético e honesto, o que muitas vezes falta em quem se autoproclama progressista. Vitorioso na vida privada e agora também na pública, tem mais qualificação de gestor que todos os concorrentes. Seu grande obstáculo a vencer, em caso de reeleição, será se esquivar de cinco aloprados colaboradores ao seu entorno. Gente que não soma, atrapalha, mas se acha mais “realista que o rei”. Não fossem esses ninfetos, o pleito já estaria definido.

Senador: Silveira – 555

No caso é opção por voto útil. Seus dois principais concorrentes carecem de postura – envergadura – para representar MG no Senado. Aquela Casa, outrora composta por experimentados políticos não é lugar de BBB e nem de oportunista e falso cristão. Silveira, que não me convence – fez papel ridículo e de moleque nas eleições de 2018 (como suplente de Anastásia) – vai levar meu voto útil. Até confesso que engasgado, mas por falta de opção, tentando evitar que seus dois principais concorrentes envergonhem Minas Gerais, vou votar no menos ruim das opções. Os demais não estão no páreo.

Deputado federal: Sette Câmara – 1077

Fui, quando ele presidiu o meu Galo, crítico ferrenho e contumaz de sua gestão.  Porém, como Atleticano, abomino a cbf e suas maracutaias. Sette defende a imediata transferência da entidade do Rio de Janeiro para Brasília e o fim das sacanagens em favor dos clubes do eixo. Me sensibilizou. Some-se a isso, seu indiscutível conhecimento e notável saber jurídico, que estará a serviço do mandato, de Minas Gerais e do Brasil. Apesar do meu divergir confesso e reiteradamente objeto de postagens no blog que faço do Galo, não me causa qualquer constrangimento optar pela sua candidatura.

Deputado estadual: Mário Henrique CAIXA – 43.333

Desde que assumiu seu primeiro mandato, já o conhecia bem antes disso, estreitamos nossas relações de amizade. Já no seu segundo mandato passei a integrar sua equipe de gabinete. Sou servidor de recrutamento amplo da Assembleia desde o distante ano de 1992, sendo que a partir de 1995 até os dias de hoje ininterruptamente. Parlamentar sério, preocupado com Minas e com os mineiros, CAIXA tem inúmeras ações – parlamentares e junto ao Executivo – em benefício do Estado e municípios do interior. Na capital, a cada eleição, igualmente tem seu trabalho reconhecido.

Portanto: 13, 30, 555, 1077 e 43333

Não estou pedindo voto, mas registrando – sem preocupação de justificar – as minhas escolhas.

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  • Concordamos em presidente e senador. Pra senador porque é inaceitável que, nesse momento de ameaças gravíssimas às nossas montanhas (serra do Curral, Gandarela, Itatiaiuçu), esteja na disputa um candidato (Cleitinho) que tem sócios de mineradoras de Brumadinho como dois de seus principais financiadores de campanha. E pra presidente porque a gente tem vergonha na cara, simples assim.

  • Meu muito amigo, Eduardo. Estamos juntos em todos os votos, por motivos semelhantes. A exceção é o voto para Deputado estadual. Tenho respeito e amizade pelo querido Mário Henrique Caixa, a quem desejo todo sucesso. Mas, meu compromisso com o João Vitor Xavier é inarredavel. Que não percamos os nossos votos.

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