Incertezas dos tempos & Justiça Social

Eduardo de Ávila

Cada um, entre nós, vivendo esses tempos – que nunca consigo situar se pré, durante ou pós pandemia – carrega uma bagagem pesada de incertezas e inseguranças quanto ao futuro. Poderia, quem lê esse texto, contestar a inserção de pré, uma vez que estamos tem exatos dois anos convivendo com a situação. Use máscara, tire a máscara, não passe os dedos nos olhos, use álcool, fecha tudo – comércio e escola –, abre quase tudo. Enfim, justificando o pré, temo outras perigosas novas variantes que assombram o noticiário e alimentam pessoas trágicas e terroristas. Afirmo que, durante os momentos mais críticos, fui metódico e organizado. Fiquei trancado em casa, sem ver o movimento da rua, até porque moro sozinho e em apartamento de fundo. Só via muros e paredes. Meu contato com o mundo exterior foi graças a essa modernidade, que tanto crítico, das redes sociais. Em momento algum tive, soube de muita gente conhecida que precisou, tomar algum ansiolítico ou antidepressivo para aguentar a situação. Mas, não foi fácil prosear com familiares e amigos exclusivamente por videoconferência. Cara a cara real faz muita falta.

Pois bem, vivenciando nos dias de hoje – incrivelmente, já metade do mês de março – me flagro a todo momento assustado com o que pode estar esperando a humanidade e nós brasileiros nos próximos tempos. Quanto à pandemia, entrego ao Criador e confio nos homens sérios da ciência, fora isso é debate de gente maluca. Me recuso a discutir com ignorante sobre a eficácia de tratamentos e vacinação. Em minhas preces diárias, onde essa prosa ao lado dEle me sugere encaminhar vários pedidos, insisto pelo fim dessa crise sanitária. E vai passar, apesar de toda a insegurança que ela nos trouxe. Qual de nós, após cumprimentar alguém pela rua, não enfia a mão no bolso e toma um banho de álcool? Poucos, se existem!

Do lado de cá, desse Brasil verde & amarelo e que quer ser varonil, me preocupa que tipo e espécie de líder motivará os brasileiros em busca dessa condição nacionalista e heroica de resgatar tempos atirados pelo ralo nessa disputa pelo poder. Me enquadro entre aqueles, que imagino ser maioria, não tenho partido e escolho pela expectativa do que um candidato pode oferecer em termos de justiça social, respeito aos princípios democráticos e planos convincentes de estabilidade econômica e política ao nosso país.

Sendo assim, dois dos principais concorrentes ao Palácio do Planalto – a priori – já estão descartados. O ainda pR, um fiasco que em nada me surpreendeu, tendo chegado lá pelo ódio criado pela rede esgoto de televisão. Esse forte veículo de comunicação de massa e suas afiliadas tv bobo, investiram na desarmonia dos poderes e até das relações pessoais, culminando com a eleição de um escroto para o maior cargo da República. O segundo que descarto é o marreco, aquele juiz parcial – que liderou uma farsa com procuradores escolhidos para essa missão – que se aliou até com esse demônio que está na pr e um tal de “mamãe falei”, cujo existência só tomei conhecimento depois de uma de suas acrobacias que me passavam despercebidas. Pois que, o marreco, aquele que tem uma conge, é – igual ao capiroto – o antagonismo do que quero e imagino como Presidente do meu Brasil brasileiro.

Entre os que restam, com maior visibilidade, a não ser que ainda surja e seria maravilhoso um brasileiro que consiga aglutinar e conduzir o país e as pessoas a um grande entendimento em busca do bem comum. Enquanto isso, de volta ao quadro atual, restam Lula e Ciro. Consigo apreciar ambos, embora questione, no caso do primeiro, acreditar que o Brasil existe depois dele e a difícil convivência com alguns setores do PT. Aqueles xaatos que, a exemplo de tucanos e parte pequena de militares, acreditam serem os predestinados à condição de únicos honestos e detentores de princípios morais e éticos. Só essa presunção já os desqualifica para a medalha de ouro tanto sonhada.

E, por fim, o paulista/cearense, que a meu juízo tem o melhor preparo e inteligência entre todos, sobretudo na difícil engenharia econômica. Entretanto, Ciro – que por incrível que parece vem querendo adotar o “paz e amor” que em tempos passados criticava o Lula –, deixa aos que o vêm como uma boa opção muito receosos. Todos nós lembramos de suas respostas estúpidas durante campanhas passadas, como – por exemplo – que sua mulher na campanha servia para dormir com ele.

E a escolha vai ficando complicada, mas – considerando que só fiz duas eliminações – vou esperar as coisas acomodarem. Aquele cuja flor, nascida nessa terra arrasada, tiver o aroma e o perfume da paz, da unificação, do entendimento e – principalmente – que promova as grandes reformas que o Brasil tanto quer e espera. Com Justiça Social! Esse terá a minha confiança.

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  • Eu NÃO tenho esperança. Não é o brasileiro que não sabe votar, falta-lhe opção. Até tentou a mudança algumas vezes elegendo aquilo que pensava ser o contrário da situação (FHC - Lula e Dilma/Temer - Bolsonaro), mas a coisa não acontece. Me dá preguiça ouvir falar de reformas. Não acredito nessa conversa. Aqui a coisa foi feita para não acontecer, só prevalece o interesse próprio e dos seus, dane-se o povo, infelizmente.

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