Gabriel Coelho Cerezo Durães.

Leānder Quadragesimae

Este texto é um registro em respeito e honra a sua existência. 

Hoje não falo da morte. Não falo, porque tudo que você deixou foi o desejo da vida! Não falo dela, porque não existe UMA memória SEQUER que você não esteja sorrindo, fazendo as pessoas sorrirem, dançando, cantando, caçoando de alguém, ou simplesmente fazendo alguma burrada comigo e seu irmão (tipo agarrar a cabeça entre a parede e uma viga de madeira). Não falo dela, porque tudo que você cultivou em nossos corações foi carinho, amor e alegria – e rapaz… se isso não é a forma de vida mais plena e bonita que temos, me avisa, porque talvez eu não tenha vivido direito. Escolho retratar sua vida, porque estar perto de você era estar preenchido dela, até na hora de dormir! Lembra que você não dormia com a televisão desligada? Era Cartoon Network a madrugada toda. E quando batia aquela fominha? Não tinha outra, senão um MC Donald’s enquanto nossos pais estavam tomando mil litros de chope e conversando fiado… Até ir à minha casa era uma alegria! Naquela época ainda morávamos no Conjunto e era parar o carro na guarita e uma voz, absolutamente do nada, gritava: MICHELLY BLOCO 38 APARTAMENTO DOZEEEEEEEEEEEEEEE! É Biel, não vai ser fácil, a saudades vai nos sequestrar às vezes, eu sei. Todavia, mesmo com o coração revoltado e triste, vou me recordar que não foi assim que você gostava de nos ver, e nem é assim que você vai conseguir descansar e ter tempo para fazer Deus rir! Escolho falar da vida, porque a morte nunca vai ser capaz de ceifar a grandeza do seu espírito. Você estará para sempre em mim, em todos nós! Obrigado.

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