Foi meu tio quem me apresentou o amor da minha vida. Não, não estou falando do Leo. O Leo, conheci na faculdade de medicina, entre aulas de bioquímica, dissecações e festas de calouros. Brinco de dizer que foi ele quem me conheceu. Mas isso é assunto para uma outra história…
Falo de um outro tipo de amor. De um amor sublime e fulminante que me acometeu desde a adolescência: falo de Paris.
Em meados dos anos 90, meu tio fazia doutorado em uma universidade na França. Ele morava com minha tia e primos em uma cidadezinha que ficava a uma hora de trem da cidade luz.
Quando fiz 15 anos, pouco afeita a festas – como ainda sou –, a tradição mandava que me fosse concedido um presente especial. Na idade de ser “apresentada à sociedade”, me foi oferecida uma viagem para longe. Aceitei.
Fomos mamãe, vovó e eu para a França. Ficamos 15 dias lá. Meu tio nos hospedou e nos levou a lugares maravilhosos – Chartres foi um deles. Ele nos ensinou tantas coisas sobre aquele país, até então inédito pra mim. Foi a primeira vez que comi lichias e tarte-tatin. A primeira – e única – vez que andei de uma cidade para outra à pé. E a primeira vez que, pegando o RER B, desci na estação Saint Michel e dei de cara com aquela cidade que viria a se tornar um cenário inesquecível para mim. Minha primeira visão de Paris foi a Notre Dame e a estátua de Saint Michel, cercada de seus prédios haussmanianos. Ao ver aquilo, não imaginei que um lugar assim pudesse realmente existir. Não parecia real. Foi um choque de emoção sair da estação de metrô e dar de cara com tanta beleza.
Desde esse dia, fiquei obcecada por lá e criei o fantasioso desejo de, um dia, morar lá para sempre. Já nutria uma certa simpatia – com ressalvas – por Napoleão, que conheci antes das aulas de história, no livro “Desirée”. A partir daí, mergulharia de ponta a cabeça na francofilia pelo resto da vida.
Sou muito grata por existir um lugar que amo tanto no mundo. Sou muito grata a meu tio que me proporcionou a oportunidade de conhecer essa cidade que se tornou tão especial para mim.
Mal sabia eu a importância que Paris viria a ter em minha vida, no futuro. Mas isso também é assunto para uma outra história…
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