“O correr da vida embrulha tudo”, dito é de Guimarães Rosa. Mas em outro, aquele que Milton Nascimento canta, o mesmo trem da chegada é o da partida, e, a vida se repete na estação. Assim, chegam Gabriel e parte Maria.
“Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais”
Tem risos e tem choros.
Há uma vida construída e concluída.
Há uma vida constituída e a se fazer.
E no revolto mar da vida as trocas acontecem. É um jacarezinho? Por que não? É uma pedra no caminho? Por que não? Ou será uma onda? Aquela que vai e vem num fluxo contínuo.
Assim chegar e partir são os dois lados da mesma moeda. E a vida inventa! E a vida é reinventada!
E viver é perigoso? Né não! Mas requer coragem e seguimos a trilha do escritor: “nem se explica essas coisas. Um sentir é do sentente, mas o outro é o do sentidor. Um senti-dor: sentir na dor.“
Drummonzinho, após uma pedra no seu caminho que se repetiu e repetiu…
Havia uma pedra no caminho para suas retinas fatigados. O caminho?
Esse é traçado quando percorrido e se sabe do seu traço somente no final.
Mas é preciso coragem…
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Que lindo. Rosa, Drummond, Milton...
Que orgulho da nossa alma mineira.
Nesses tempos tão duros, de tantas pedras no caminho, o que a vida nos pede é coragem.