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A moça bonita ficou feia

Eduardo de Ávila

Diferente de casos recentes de mulheres, trazidas aqui neste espaço, que lutaram e ainda lutam por um mundo melhor, temos algumas histórias de outras que a vida condenou à ganância, arrogância e ao alimento do ódio. Tinha, na minha já distante adolescência, uma moça que encantava a mim e a muitos da nossa geração. Filha de uma família classe média, como a maioria entre nós, que vem se revelando nos atuais e sombrios tempos.

Se passando por moralista, entre alguns daqueles tempos idos, vem se notabilizando como naquele ditado “quem vê cara não vê coração”. Diferente daquelas que possuem beleza interior, Maria – hoje já não mais aquela adolescente cobiçada – mostrou sua verdadeira personalidade escondida por tempos. Existem outras Marias e até Josés perto da gente. Amarga e cruel, foi seduzida ao lado mais podre, daquele tipo de gente que quer o mundo rodando no seu entorno.

Aderiu com fervor ao processo de emburrecimento e imbecilização da sociedade.

Sem nunca ter lido um livro de Paulo Freire e jamais ter interpretado uma letra entre milhares de canções que já embalaram seus tempos juvenis, agora enveredou por aquele caminho do obscurantismo. Para defender seu mito, por hora ainda na pR, a nova feia – agora por dentro e por fora – taxa esses intelectuais brasileiros ao seu livre arbítrio.

Petista, comunista, sugerindo morar em Cuba ou Venezuela, aquela jovem que já foi querida, estende sua ignorância em analisar e comentar sobre pessoas que não conversa tem quarenta anos. Para gente desse tipo, todo e qualquer cidadão que se declarar contra o genocídio boçalnarista merece paredão e pau de arara. Tudo isso, pois subiu um degrau no poderio econômico e financeiro da sua infância e adolescência, graças ao casamento que elegeu “convenientemente” para mostrar sua verdadeira personalidade.

Conheço muita gente que vai diariamente à igreja, no caso de católicos que comungam sistematicamente, mas seu comportamento pessoal é desabonador. Desde infidelidade conjugal, tem casos de gente moralista que depois da morte apareceram herdeiros reivindicando parte no espólio; agressivos no lar; caloteiros em direitos trabalhistas. Esse tipo de gente, demoníaca, têm seus motivos para não querer a ascensão dos pobres nas universidades e no mercado de trabalho. São podres, radicais e sem argumentos – burros mesmo – encerram toda conversa com “mas e o PT? Você é comunista? Vai pra Cuba! Vai pra Venezuela!

Eu nunca fui petista, os próprios militantes desse partido sabem disso e tenho profundas divergências – na minha cidade e no plano nacional – mas essa mocinha insiste em me rotular como tal por onde passa. Não me sinto credenciado em afirmar que a debiloide é nazista e/ou fascista. Nada sei dela, exceto suas imbecis considerações a meu respeito. Que seja feliz nesse mundo egoísta que escolheu, estou muito bem no meio solidário que optei. Sem destacar as letras P e o T como gente desse perfil usa na argumentação.

Por fim, afirmo que sobre política, regime de governo e rumos da economia, sempre vou torcer pelo sucesso do presidente em exercício. Gostaria que esse incapaz, que por hora está no cargo, tivesse algum momento de lucidez e promovesse ações de interesse social, dos brasileiros e do nosso país. Mas o sujeito nunca saiu da arquibancada, como se as eleições fossem uma partida de futebol em um campeonato.

Nesse caso, quem me conhece sabe o quanto sou Atleticano e seco o antigo rival de Minas Gerais. Até nisso começo a perceber que – como na vida pública a oposição é necessária – a segundona desse time tem sido terrível para o futebol mineiro.

Por analogia, os desmandos e a arrogância, comuns entre o mito e seus seguidores, não me sugerem a desejar o mesmo que essa gente quer a nós resistentes. Mesmo com toda burrice, comum entre líder e gado, seguem o surto do primeiro. Com a aproximação das eleições e a possibilidade – cada vez mais concreta – de nos livrarmos desse ogro (não disse agro, como idiotas querem interpretar) pessoas desse grupinho de 15% de negacionistas estão em delírio e com reações preocupantes. Não têm limites.

Voto impresso agora é a palavra de ordem. Retrocesso é a tônica desse emburrecimento desde a campanha presidencial, que teve uma eleição fraudada por uma “facada” sem sangue. Nenhuma imagem mostra uma gota vermelha na camisa do incauto em Juiz de Fora. Incrível, como tinha tanta toalha branca – limpinhas e idênticas – para socorrer a vitima de um atentado mal explicado. São dúvidas que carrego comigo. Assim como ainda tenho cá minhas considerações sobre o caso do assassinato da Marielle e a demora na vacinação. Falando em vacina a pretensa compra da Covaxin; laranjal mineiro, ameaças sistemáticas à democracia – com AIs e agora com desfile bélico –, troca sistemática de ministros e aumento de Ministérios (para atender o “toma lá e dá cá”) , ministro que saiu do país – já exonerado – usando passaporte diplomático. E muito mais!

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