(Dedicado à Luísa Bahia)
Eu sei que você está aí, escondida nas invisibilidades. Intangível pelo meu olhar de hoje e pelas despedidas mais difíceis de serem dadas. Você hiberna, impenetrável, como os corações feridos.
Mas você está aí. Eu sei disso. Você me guia com maestria na introspecção e na definição das bordas para os rituais da dor. As dores do corpo e as do espírito.
Eu sei que na regência dos ciclos, você camufla as agonias mais sagradas. Eu sei dos seus poderes naturais e sobrenaturais. Você interfere nos mares e nas marés. Me ensina sobre os ritmos e sobre o despertar. Mostra que o lado de fora quase sempre é muito hostil. E que o tempo só faz bem para quem sabe decifrar os seus segredos. Faz esquecer os amores ausentes. Eu sei do seu poder em mim. Eu sinto o seu feminino no meu.
Eu sei dos seus enigmas. Você silencia, mas não se cala. Nunca. Revela a certeza da renovação e das metamorfoses humanas. De vez em quando, desvela eclipses. Você sopra o cheiro dos ventos frescos quando mudam as estações. Sinto sua mão me tocando com uma suavidade calma, tranquila e misteriosa, enquanto durmo.
Eu sei da sua potência e poesia. Sei dos seus movimentos e alinhamentos. Gosto de dançar no seu ritmo, de me abrigar na sua sombra escurecida. Sei das suas perfeitas posições entre os corpos, entre as continuidades e as impermanências.
Eu sei da sua potência obscura e expressiva. Entre poeiras cósmicas, nuvens e constelações, daqui a pouco você vai despontar. E, como eu, explodirá. Brilhante, será como fogos de artifícios nos corações adolescentes.
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