Eduardo de Ávila
Pertinho de completar um ano do início oficial do confinamento, seguimos a espera da vacina que – depois de aprovada pela ANVISA – parece estar sempre mais distante. Durante esse período, tivemos a oportunidade de experimentar vários momentos. Perder pessoas, vítimas ou não da COVID e amargar dias sem ter contato externo com terceiros.
Compras pelo telefone e entregas deixadas no corredor para passarem por processo de desinfecção. Consumi mais álcool que nos bons tempos de boemia vividos no passado. Nas raras saídas no início do isolamento, ao retornar pra casa, entrava pela área de serviço onde deixava todas as roupas, e ia direto para um banho quente e demorado.
Posteriormente, com a doença já melhor avaliada pela ciência e médicos – não estou me referindo aos palpites de autoridades incapacitadas a esse exercício – passamos a conviver num misto de liberdade e um pouco de ousadia. Alguns retrocessos e novos lockdowns impostos à população. Bem ou mal, chegamos a meados de fevereiro carregados de incertezas quanto à imunização e ao nosso futuro.
Sobre a vacina, num triste e lamentável jogo de encenação, as eleições de 2022 ditam as regras para a tão esperada escala de imunização. Paralelo a isso, influenciados pelo eventual presidente da república (minúsculos pela miudeza do ocupante), alguns de seus seguidores antecipam que não irão buscar esse atendimento.
Insistem em optar por medicamento que, inclusive, já existe a informação que o uso do mesmo causou a necessidade de transplante de fígado. Pior, o maior responsável pelo atraso da vacinação brasileira é exatamente esse senhor que ocupa o cargo de “pr” até o final de 2022. Pior, embora já se tenham passados dois anos desse caos administrativo e social, assistimos a uma absurda falta de comprometimento para tirar isso de lá.
Refiro ao fato de o maior partido de oposição, baseado nos números das últimas eleições federais, deveria buscar unanimidade para enfrentar o mal maior, se lançar e deixar de lado outras forças representativas. Quem viveu o regime militar e acompanhou de perto a redemocratização em meados dos anos 80, há de se recordar. Quando todos caminharam com Tancredo, um único partido de oposição optou pelo outro lado.
E é bom registrar ainda, que nas últimas eleições municipais (2020), os resultados das urnas em nada foram favoráveis a essa mesma legenda. Ao contrário, nos grandes centros, sequer avançaram ao segundo turno. Em cidades menores foram poucas as vitórias, ainda assim, credite-se ao candidato e não ao partido. Ao invés de pensar pequeno, deveriam ter sonhos maiores e que atendessem ao desejo da maioria dos brasileiros em se livrar disso que está temporariamente no poder federal.
Ao insistir com tal sanha, corremos todos o risco de amargar a continuidade de um governo sem projeto, que privilegia o capital e nenhuma importância reserva ao social. Estamos próximos de atingir 250 mil mortes pela COVID e sem qualquer plano de vacinação, graças ao capiroto expulso do Exército que se aventurou numa medíocre atividade parlamentar.
Hoje, preside um país isolado e debochado pelo resto do mundo, contando com o apoio incondicional de seus iguais que saíram do armário. Ah! Muitos entre os que conheço com esse perfil, se ocupam em assistir BBB e programas similares (de péssima qualidade), reclamando do noticiário tendencioso da mesma emissora que assegura índices de audiência com sua falta de visão crítica e autoavaliação.
Meu amigo, hoje só consigo um único e breve comentário para o seu texto:
Desculpe-me a indelicadeza, mas…
– ” Tamo Fu…”
Abraço
Kity
Caro! Todo pov(inh)o tem o (des)governante q julga merecer. Não há meio termo e muito menos figura de linguagem q dê conta de desfazer esse erro de logística q aconteceu na pintura do meio fio a dois anos atrás,talvez até antes,vai! Entre o lado tênue da brocha e o balde de caiação tinha um jegue q ninguém sabe dizer de onde saiu,aliás,sabe sim! Da podridão de uma política q não pode ser exposta á luz do dia por motivos bem óbvios. Brasil decime qué se siente…