Não basta ser otimista e acreditar em melhores dias, os acontecimentos precisam ajudar nessa consolidação. Nessa última semana, nas várias prosas que encontrei pelo caminho, percebi – isso também se aplica à minha pessoa – pouca crença em um futuro melhor a curto e até mesmo médio prazo.
Tento fugir desse baixo astral, aplicando meu antídoto de confiança que renovo a cada novo sobressalto. Já vivi muitas experiências boas, mas também algumas amargas que tento apagar da memória e registro apenas para impedir novos acessos ao meu inconsciente dos pensamentos negativos.
Enfim, nos últimos dias – lendo e proseando – me deparo com uma atmosfera estranha e pesada sobre nossos ombros. Li aqui no UAI uma matéria com um contemporâneo da Faculdade Milton Campos, hoje Delegado da Polícia Civil, que é tido como a reencarnação de Nostradamus. Doutor Afrânio – tenho alguma lembrança dele nos tempos dos bancos acadêmicos – assegura que estamos próximos de uma grande guerra mundial – que irá durar dez anos – para depois vivermos mil anos de paz.
Apesar da previsão de sossego por mil anos, para quem está acima dos 60 anos, essa profecia não é nada animadora. No meu caso, ando sonhando fortemente com minha aposentadoria para viver dias de tranquilidade pelos tempos que ainda me restam nessa passagem. Imagina ter de viver isso em meio a um conflito mundial. Como se diz lá na minha Araxá: “vaaapo”!
Entre meus sonhos para a aposentadoria estão algumas situações que o momento atual vem me impedindo. O que aflige a todos nós é a questão da pandemia. Confio na ciência e nas pesquisas, portanto diariamente acompanho as informações relacionadas à vacinação. Enquanto em alguns países a imunização em massa já teve inicio, seguimos aqui numa disputa imbecil sobre esse assunto.
Quero tomar todas, já até adiantei os espaços do meu corpo para receber cada delas. Daí somos obrigados a acompanhar essa briga, patrocinada por quem deveria defender vidas, acerca do assunto. Órgãos técnicos da administração – seja em qualquer um dos níveis desde municípios, Estados e até a União – não poderiam ser gerenciados por pessoas que não dispõe de sensibilidade para gestão. Saúde tem de ser tratada por quem é do ramo. Enquanto isso, ficamos daqui assistindo um confronto que envolve prefeitos e governadores, contrapondo ao eventual presidente da República, em busca de salvar vidas.
Outra constatação, essa de caráter pessoal e até regional, é relacionada às estradas mineiras. Nos primeiros dias de dezembro acompanhamos aquele trágico acidente próximo a João Monlevade. A duplicação da BR 381 é esperada por nós tem décadas e teve início em tempos recentes, sendo paralisada após tantas alterações no Governo Federal e – consequentemente – seus Ministérios.
Já no meu quintal, refiro-me a BR 262 que é o caminho que me leva até Araxá, a situação não é diferente. A empresa que ganhou a concorrência já cobra pedágio tem anos, mas até o momento a duplicação se restringe de Belo Horizonte até Nova Serrana. Vale ressaltar que esse trecho já estava pronto quando esse consórcio assumiu. Os pedágios são implacáveis, daqui até a minha cidade são três e existe um antes de chegar a Uberaba. Para aumentar o desconforto, as cancelas (caixa para pagamento) nem sempre têm número suficiente de funcionários. Isso ocasiona filas e atraso nas viagens.
Queria ainda viver algumas décadas em paz e com tranquilidade para ir e vir. Para tanto, dependo também da segurança ampla, geral e irrestrita. Desde saúde, circular sem paranoia de ser assaltado, aposentadoria digna e bons caminhos para passear.
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Eduardo,
"Não temas e tenha bom ânimo!!!" (essa é da Sabedoria Bíblica)...
E essa de Guimarães Rosa:
" O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem...".
Prezado! Há q se buscar muita,mas muita,motivação para viver. Não é pouca não!
IDH mundial top 189.
braZil cai 5 posições no ranking de qualidade de vida_ 79ª p 84ª posição_ Como o IDH é medido baseado no progresso dos países em saúde, educação e renda, percebe-se q o paíZ de mentira (des)governado por estes boçais, caminha a passos largos para todo tipo de subsolo social. Aqla máxima: Voto não tem preço, tem consequências!