O que era para ser uma réplica da Revolução Francesa, com pessoas tomando as ruas e ocupando novos lugares numa comovente e profunda transformação social, se tornou uma reuniãozinha para duas ou três pessoas que estavam passando no bairro e ouviram o que ia acontecer. No quadro, pintado de cabeça por quem viu tudo, é perceptível uma mistura de espanto e assombro no rosto dos expectadores, como se dissessem: o que esse cidadão está fazendo, pelo amor de Deus?
A questão é que aconteceu – mesmo isso não mudando lá muita coisa na vida do seu Zé da padaria. Os portugueses, (pelo menos os mais poderosos) percebendo que não conseguiriam mais domar o Brasil, foram embora deixando para trás um monte de gente perdida que achava uma boa ideia continuar expandido território.
Mas, como a liberdade é superestimada, ela não durou muito. Agora que não tínhamos mais visionários descobridores para nos dizer o que fazer, sentíamos falta. Nossa época adolescente de rebelde sem causa (que durou não mais que uma semana) já tinha passado e a vida adulta batia à porta com dívidas externas mirabolantes e acordos bilaterais ruins.
Então, buscamos entre as águas do pacífico alguém que pudesse nos apadrinhar – e com apadrinhar, quero dizer: levar todo o nosso dinheiro em brinquedos de plásticos não duráveis e nada sustentáveis comprados a juros abusivos.
Achamos. Mas, bom, ele não é lá o melhor padrasto do mundo; vez ou outra até finge que a gente nem existe. Da última vez, prometeu que ia nos levar numa reunião com vários dos anciões para discutirmos coisas importantes. O convite chegou para o vizinho; até hoje esperamos uma marmitinha com os comes e bebes.
Mas, convenhamos, essa história de independência é coisa do passado. Por que ficar sozinho se você pode ter o briguento da escola te defendendo? Tudo bem que ele é completamente maluco. Ah, mas vamos lá. Quem não é? Além do mais, não temos escolha. O grito era independência ou… ou… qual era mesmo a outra opção?
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