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Quinta-feira, 13

Foto: Imagem de Ella_87 por Pixabay – Quinta-feira, 13
Victória Farias

Não vou me deixar distrair. Não permitirei que minha mente permaneça naquilo que não é importante. Não vou confiar em ninguém nem em nada. Não serei vulnerável a erros. […] Apenas não toque em mim.

Ad Astra – Rumo às Estrelas (2020)

É um número assustador, eu sei. Sempre fico esperando alguma coisa acontecer, um fantasma sair das sombras e agarrar meu pé; ou alguém aparecer gritando por igualdade social no meio da rua. Chega até a me dar arrepios. 

Ainda bem que graças as todas as pessoas que eu não me lembro o nome, temos o recurso da matemática. Um + um continua sendo dois.

A menos que seja um dólar + um dólar, aí um + um passa a ser cinco. Mas até aí tudo bem, eu nunca fui fã de matemática mesmo. 

Superando isso, sempre gostei de ler. A literatura brasileira pode ser encantadora. Mas, é claro, você não poderá descobrir isso se procurar por livros em bibliotecas públicas.

Eles não estarão mais lá, – e, para falar a verdade, nem as bibliotecas estarão foram levados para algum lugar desconhecido, sem deixar vestígios. 

O estranho é que, depois disso, vi de canto de olho uma fumaça espessa vinda do norte, mas não deve ser nada. 

Até agora, realmente não temos nada com o que nos preocupar, está tudo sob o devido controle – de alguém. Alguém que anda por aí bagunçando as figuras geométricas. 

Quando eu tinha 5 anos, podia jurar de pé junto que a terra era quadrada. Nem plana, nem redonda, mas um quadrado vagando calmante pelo vasto universo.

Minha mente ia ao delírio quando estávamos na estrada nos aproximando do horizonte. 

O pensamento na queda ao desconhecido me entretinha. A medida em que os anos foram se passando, percebi que muita gente também compartilha da mesma ideia. Espero que eles estejam, pelo menos, entretidos também. 

Mas, fora isso, tá tudo bem. É claro, se a gente deixar de lado o fato que de que pessoas doentes podem ser um fardo para uma economia saudável, pautada na moral e bons costumes.

Aliado a isso, podemos até ponderar a ideia de que as vacinas são um plano maligno para o controle populacional. Faz sentido. 

Colocando essas coisas à parte, que vistas no contexto geral não são relevantes, aí sim está tudo bem. 

Tem uma coisinha ou outra sobre números relacionados a violência e apologia, mas realmente não é nada. 

Para nossa sorte, a sexta-feira, 14 já veio e passou. A quinta-feira, 12+1 alguma hora tinha que acabar. 

Fonte: vozes na minha cabeça.

As vozes:
Victória Farias

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