Em 1 de dezembro foi o dia Mundial de Luta Contra a AIDS e, apesar de passados quase 40 anos da “descoberta” da Aids e mais de 20 anos nas primeiras terapias antiretrovirais, ainda persistem dúvidas, questionamentos relacionados à doença e os seus impactos biopsicossociais.
Mais ainda, persistem o estigma, o preconceito e dificuldade de aceitação do diagnóstico e do tratamento. A AIDS ainda causa polêmica por estar associada a “dois temas considerados tabus em nossa sociedade: o sexo e a morte” (STRAUB, 2014).
A vergonha e a culpa que a vítima sente e o tratamento social que recebe, até mesmo por quem deveria estar capacitado para tanto, são grandes barreiras na batalha para impedir a disseminação da doença, pois são comuns as vivências silenciosas e solitárias da doença.
Compartilhar o diagnóstico e falar abertamente sobre o tema ainda causa muito desconforto. Muitos soropositivos ainda acreditam que estão sendo punidos por sua “imoralidade”, mesmo após não existir mais o conceito de grupo de risco – a AIDS afeta a todos.
O que existe são comportamentos de risco devido pois o vírus passou a se espalhar de forma geral, não mais se concentrando em grupos específicos.
O choque e o alarmismo que acompanharam a doença nos anos 80 e 90 refletem, em alguma medida, o cuidado (e também o medo) que se tinha nas relações e a grande disseminação de informações que se teve naquela época sobre o tema.
Parece-me que, apesar de ainda não ter cura, mas ter os tratamentos da doença garantido em alguma medida, boas taxas de sobrevida e de qualidade de vida para os pacientes, a AIDS “não assusta mais”.
Como consequência ainda um grande contingente de soropositivos que desconhecem o diagnóstico transmitem, sem saber, o vírus. Além disso, persistem lacunas na educação sexual da população, que desconhece as formas de transmissão das IST´s em geral e do HIV em específico.
Por isso, acredito ser importante retornarmos um pouco na história e resgatar algo que possa ter ficado perdido lá atrás, resgatando as perguntas feitas pela professora Luiza Alonso, num artigo de 1991 sobre o diagnóstico de AIDS:
“Como a doença se enquadra dentro do estilo de vida do sujeito? Como o portador e ou paciente convive com o novo diagnóstico? Como vivia antes? Qual é o stress causado pelo diagnóstico? Como isso é vivido no cotidiano? Qual é a qualidade do relacionamento afetivo entre os pacientes e ou portadores com aqueles com quem convive? Quais são as mudanças nos padrões de relacionamento durante o curso da doença? Quais são as oportunidades para expressar raiva, culpa, vergonha, medo, impotência, mágoa, frustrações e sentimentos?”.
As respostas a essas questões traduzem os impactos psicossociais da doença, tais como:
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