Quem acompanha o quadro político e eleitoral mineiro, tem se divertido com tantas questões inesperadas e já quase folclóricas resultadas das eleições em primeiro turno. Vejamos. Voltamos ao ano de 2008, quando os personagens Aécio Neves e seu fiel escudeiro Antônio Anastásia, se uniram a Fernando Pimentel para eleger Márcio Lacerda à Prefeitura de Belo Horizonte.
Interessante, essa união “para o bem de Belo Horizonte e de Minas Gerais”, durou exata e exclusivamente durante o período eleitoral. Já no mandato, Lacerda eleito rompeu com seu então vice e nas eleições estaduais de 2010, que se comprometeram por um mesmo palanque, cada um tomou o seu lado de interesse.
Lembremos que, Lacerda acabou reeleito em 2012, na ocasião já com outras forças de conveniência para aquele momento e ao final de seu mandato (2016) lançou Paulo Brant à sua sucessão. Ficar relembrando os acontecimentos seria até desnecessário, mas o fato é que o prefeito Lacerda, cooptado por Aécio deixou Brant a ver navios. Pura traição!
Vamos agora ao momento atual desse imbróglio. No início da campanha eleitoral, tínhamos como concorrentes favoritos Antônio Anastásia e Fernando Pimentel, sendo Márcio Lacerda a terceira via para o governo de Minas Gerais. Pois bem, a ação “política” do PT em acordo com o PSB – ambos pelo seu comando nacional – tiraram Lacerda do processo. Note-se, Lacerda, Anastásia e Pimentel, aliados de 2008, agora se gladiando em 2018.
Diante da intervenção nacional no PSB, Lacerda se afastou e – aparentemente – a disputa ficou entre Anastásia e Pimentel, que desdenharam todas as demais candidaturas. Todas! O candidato petista, que contribuiu para o afastamento de pessebista, seguramente, deve lamentar sua ausência no primeiro turno, uma vez que – acredito – não deixaria de ser o terceiro colocado.
Durante a campanha e mais na reta final do primeiro turno, pelas redes sociais, a turma do Anastásia chegou a pedir voto útil para evitar um segundo turno contra Pimentel. Eis que, surpreendendo a todos nós (me incluo entre, uma vez que mesmo tendo grau de parentesco com o concorrente, nunca escondi nem dele próprio votei num candidato que não foi ao segundo turno), surge como o mais votado o candidato Romeu Zema.
Pouco acompanhei neste primeiro turno, mas soube que tanto Anastásia quanto Pimentel, trataram Zema com desdém num debate na televisão. E mais, ao que percebemos nestes primeiros dias da ressaca pelo resultado, o candidato do PSDB não estava preparado para este embate. A quantidade de fake News e até mesmo a dificuldade em buscar recursos financeiros para o segundo turno, expõem de maneira tão evidente o desespero que tomou conta dos tucanos. Aliado a isso, registre-se que o partido de Anastásia praticamente foi rebaixado à segunda divisão da política nacional. Tucanos, emplumados ao longo de 30 anos, assistem seu discurso correr pelo ralo.
Por outro lado, o candidato Romeu Zema – sobre ele posso falar com absoluta tranquilidade -, vem se consolidando no cenário. Além de conterrâneo, temos laços de parentesco muito próximos. E, para quem quiser atacar que sou suspeito, como disse acima votei noutro candidato e Romeu sempre soube disso.
Aos que ainda têm alguma duvida sobre ele, usaria aqui uma manifestação de outro conterrâneo no início desta semana. José Onofre Borges, lá em Araxá conhecido como Zé Gatinho, me disse: “se ele for mesmo eleito, vai ser um estilo Mujica de governo”. Não, claro, no sentido filosófico e ideológico, mas na simplicidade e no trato com o cargo.
Tenho absoluta certeza que, caso seja eleito, não irá mesmo morar usufruindo das pompas do Palácio das Mangabeiras. Continuará, como faz lá em Araxá, circulando pelas ruas da cidade. E, ao contrário do que insiste seu adversário, tem experiência suficiente de gestão. Conheço a história do Ricardo, pai dele (que é meu primo direto, nossas mães eram irmãs), desde que – aos 14 anos – ficou órfão e teve de assumir o lugar do seu então pai nas empresas da família Zema.
E mais, o Romeu Zema Neto, agora disputando o cargo de Governador de Minas Gerais, foi o responsável pela expansão das lojas e a distribuidora de combustíveis. Então, em matéria de gestão, ele – Zema – não deve nada a Anastásia e até sugiro que supera em muito ao ex-governador, aliado do ainda senador Aécio Neves.
Se tiver tempo e oportunidade, ainda vou dividir aqui casos interessantes sobre o que conheço dele e, especialmente, da lisura de suas empresas. Além de trabalhar desde cedo, como foi o caso de seu pai Ricardo, o grupo Zema recebeu – por diversas vezes – prêmio de destaque como das melhores empresas para se trabalhar no Brasil. Fora isso, é fake News.
Parabéns, grande comentarista Eduardo de Ávila. Pode sim votar no primo… Abrs.
governar um estado não é gerenciar uma empresa
É sim muito mais fácil, pobre de espírito e mente doutrinada.
Política é ciência, nada que foge à sabedoria humana.
Pede para o outro lado, oposto ao povo, administrar um empresa de forma correta, sem propinas é claro, e veremos quem administra melhor.
Pode ser, mas administrar um estado também não significa fatia-lo com safados, viciados e ladrões.
Mais viciado, safado e ladrão do que o padrinho do gordinho…repense seus conceitos.
GERENCIAR ESTADO É MUITO MAIS FACIL QUE GERENCIAR UMA EMPRESA . SABE POR-QUE ?
Resposta : quando se gerencia uma empresa de maneira honesta , o Estado fica o tempo todo te atrapalhando e tentando extorquir dinheiro além dos exorbitantes impostos
Antes votar em empresário “sem experiência” do que em político com codinome em planilha de propinas de empreiteira, além de poste de outro comprovadamente corrupto.