Frequento, tem quase duas décadas, grupo kardecista e confesso que mudou minha vida e reações com os acontecimentos – especialmente aqueles inesperados – embora não me sinta incomodado em aplicar quando acho necessária a devida resposta ao estímulo de uma provocação. Alguns chamam isso de “santa ira”, benefício que é dado e às vezes até aceito quando alegados em defesa de pessoas que são acuadas e desrespeitadas por algozes.
Vivemos um período estranho nas relações pessoais, onde existem pessoas que se julgam detentoras de poder sobre as demais, podendo para tal julga-las e condena-las ao seu entendimento. Diria que alguns chegam até mesmo a se achar portadores de uma falsa moral e ética, condenando todos que pensa diferente.
Se voltarmos lá na civilização grega, destacando o conflito entre espartanos e atenienses, sobretudo na maneira de fazer política – importância da guerra, arte e cultura -, diria que nada difere dos tempos atuais. Esparta privilegiava o valor militar, onde os homens serviam ao exército dos 20 aos 40 anos e cabia à mulher gerar filhos para o combate. Ressalte-se, ainda que os descendentes dos dórios eram os únicos a ter direitos e os demais exerciam atividades de comércio e escravos.
Já em Atenas, a preocupação e os valores eram com a educação dos atenienses. Buscava o equilíbrio físico e cultural, o que fez deste povo uma referencia intelectual de sua época. Foi em Atenas que surgiu os princípios básicos da democracia. Esse conflito gerou uma guerra de quase três décadas entre as duas cidades, ocasionando sequelas a gerações e gerações.
Passados dois milênios, chegamos à segunda guerra mundial, conflito que matou dezenas de milhões de pessoas, envolvendo mais de 70 países. Foi outro momento triste na história da humanidade e teve início com governos totalitários na Europa. O nazismo alemão, liderado por Hitler, e o fascismo, liderado por Mussolini, Alemanha e Itália, em crise econômica, se aliaram ao Japão – igualmente – em busca de expandir seus territórios e mataram, mutilaram e destruíram famílias.
Nos tempos atuais, mesmo sem guerra, o Brasil lidera o ranking de mortes no trânsito com mais de 60 mil anuais. Isso, por si, já seria algo alarmante. Agora, vivendo este período eleitoral – tenso diga-se – estamos assistindo situações que tiram a tranquilidade do cidadão de bem. Sejam ricos ou pobres, é perceptível um país dividido entre o radicalismo exacerbado e perigoso. Candidato com discurso populista, colocando em confronto teses absurda numa sociedade totalmente perdida neste tiroteio verbal. Falando em tiroteio, chocante a história contada por uma professora. Disse ela que o aluno chamou o colega de “urubu”, tendo sido repreendido pela mestra. Ato continuo, o garoto disse que ia comprar uma arma e atirar na professora. É incabível e inconcebível esse tipo de manifestação. O garoto é mais uma vitima do que vê e ouve.
O poder do dinheiro é algo perigoso. Ouvi certa vez se ter dinheiro é bom ou é ruim, tendo a resposta me deixado maravilhado. Confesso que não me lembro de onde e tampouco a citação de quem foi a resposta. Mas, me recordo que foi dito, que o dinheiro é bom ou ruim, dependendo das mãos que se encontram. Se for para corromper, estimular o tráfico – seja de entorpecentes ou armas – e outras atividades ilícitas é ruim. No caso de ser aplicado para abrir indústrias, gerar emprego e renda, é bom.
Então, cabe-nos a difícil missão de escolher quem será o melhor gestor a ser eleito daqui menos de duas semanas. Quem tem mãos limpas e princípios morais e éticos para recolocar o Brasil na rota de desenvolvimento e bem estar da população. Sem ceder ao apelo traiçoeiro de quem não tem compromisso com a Nação e com o povo brasileiro.
O momento é demonstrar amor pelo Brasil e pelos brasileiros, buscando paz e não guerra e desamor. Diga não ao ódio, que só interessa a quem não qualquer preocupação ou interesse público. Que o resultado das urnas seja respeitado, ainda que o vencedor não seja o que escolhi para dar o meu voto de confiança.