Os tempos recentes têm sido movidos pelo ódio e pela intolerância. São episódios tristes de pessoas – que por questões especialmente políticas – passaram a se atacar, sobretudo nas redes sociais. Familiares, amigos fraternos, vizinhos, colegas de trabalho… Graças à ação inescrupulosa de gente do poder, tanto de um lado, quanto do outro. Como consequência disso, até escolhas por time de futebol e opção religiosa entrou nessa celeuma.
Confesso que tenho minha leitura e minhas preferências nos três assuntos. Assumo, entretanto, meu clube do coração e a opção religiosa. Evito, na medida do possível, embates partidários, ideológicos e filosóficos, por respeitar o contraditório. Eventualmente, me vejo obrigado a dar um coicezinho aos que insistem em não respeitar minha opção e usar de redes sociais para provocar.
É preocupante, sobretudo por entender até mesmo que nenhuma das partes têm razão. É comum perceber que um lado reclama da agressividade do outro, usando a mesma força e argumentos igualmente condenáveis. Enfim, ficou um saco ter de conviver com tudo isso.
Se o da direita alfineta, o da esquerda se vitimiza. Passa um tempinho e com a mesma intensidade ataca o outro lado. Assistimos, todos os dias, a esse conflito e provocação. Se ao primeiro tem sido frequente perceber o uso especialmente de “memes”, via de regra de fakes, ao outro deparamos com um discurso sofisticado e argumentação teórica que se perde em meio a tanta teoria.
Isso me fez recordar um dos episódios mais interessantes entre dois gênios da humanidade: Albert Einstein e Charlie Chaplin, antes mesmo de o primeiro se mudar para os Estados Unidos. Tornaram-se amigos e Chaplin convidou Einstein para assistir à pré-estreia de um de seus filmes. Isso nos anos 30 do século passado, portanto, cerca de 90 anos passados.
Eisntein disse a Chaplin: “O que eu mais admiro na sua arte é a universalidade. Você não diz uma palavra e ainda assim o mundo te entende”. A resposta foi igualmente genial: “É verdade. Mas a sua fama é ainda maior, o mundo te admira e te aplaude, no entanto, ninguém entende uma única palavra que você diz”.
A prosa interessante e carregada de bom humor, ao que acho, deveria servir de inspiração a nós outros, aqui na Terra – especialmente no Brasil -, para tentar levar a vida com mais suavidade. O efeito ao mau humor e rispidez é incalculável. Se você sofre uma agressão verbal de alguma pessoa, a tendência é repassar ao outro na primeira oportunidade e assim o ofendido dará sequência a uma corrente diabólica e sem fim.
Pior é o caso daqueles que não reagem imediatamente e passivamente aceitam algum tipo de agressão verbal. Toma a primeira, não reage; toma a segunda de outra pessoa, não reagindo; assim indo sucessivamente, até que alguém distraidamente possa lhe tratar mal. A reação pode ser desmedida e contundente sobre o último da fila que – seguramente – nem teve a intenção de ofender. Um “bom dia”, ou manifestação de desejar “felicidades” ao próximo não custa nada e tem um efeito valioso no nosso dia a dia.
É aquela velha máxima: “gentileza gera gentileza”!
Mário Sérgio No segundo ano de Escola Técnica, BH/1978, já estávamos “enturmados”, amizades consolidadas e…
Rosangela Maluf …para Faride Manjud Maluf Martins, minha mãe Na luta diária Ela batalha Conquista…
Tadeu Duarte tadeu.ufmg@gmail.com Semana passada interrompi o texto no exato momento crítico em que após…
Peter Rossi Me lembro bem que foi dentro de uma cabana construída com duas cadeiras…
Wander Aguiar Destino pouco conhecido por nós, brasileiros, Cabo Verde é um conjunto de 10…
Taís Civitarese Uma das maiores dificuldades observadas em nosso ambulatório de atendimento psiquiátrico a crianças…
View Comments
Muito bom texto. Realmente a intolerância política tem chegado ao extremo. Ninguém respeita ninguém.
Numa briga entre elefantes o que mais sofre é a grama, pois fica toda pisoteada. Abçs