E agora, Jair?
o império largou
o imbrochável broxou
Tarcísio traiu
a Globo cansou
E agora, Jair?
e agora você que dizia ser homem
que zombava dos outros
você que fez merda
não ama
detesta
E agora, Jair
vai ficar sem mulher
perdeu o discurso
mudou o caminho
já não pode correr
já não vai passear
twitar não pode
a tropa sumiu
a claque não veio
o Trump não veio
o riso não veio
não deu certo o golpe
e tudo acabou
e tudo ruiu
quem manda mudou
E agora, Jair?
E agora, Jair?
sua velha patada
sua velha risada dos mortos sem ar
as motociatas
as lives de quinta
correndo com as emas atrás do Palácio
era só ódio
e agora?
Quer abrir a porta, mas ela emperrou
quer correr pro mar, mas o mar secou
quer voltar à infância, mas ela acabou
Jair, e agora?
Se humano fosse
se você vibrasse
se você pensasse na dor de outro alguém
se você sorrisse
se você sonhasse
se você sentisse
mas você não sente
você é duro, Jair
Sozinho no escuro
largado pra trás
sem deus
sem pátria
longe da família
sem nenhum poder para se encostar
sem os velhos amigos que fogem de ti
O futuro chegou, Jair
Jair, para onde?
(Poema inspirado em José, de Carlos Drummond de Andrade, publicado originalmente em 1942 e encontrado no Youtube do perfil humorístico de Coronel Siqueira)
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