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Andei lendo notícias demais e isso definitivamente não foi bom. Tenho sonhado com a Câmara dos Deputados, com bebês e com férias em um hotel muito caro de Belém. Minha cabeça padece de uma salada de informações que tentam se organizar enquanto procuro um filtro para tirar quaisquer conclusões sobre elas.
Tento lembrar de quando era criança e a notícia já vinha com a opinião embutida. Ou das aulas do colégio, em que o olhar dos professores pincelava excelentes críticas sobre os fatos ensinados. Faltam-me as aulas de física, de geografia política ou a voz indignada de um locutor de jornal. Tudo vinha pronto e mastigado, prestes a ser engolido e revertido em falas, alinhamentos e ações.
Agora, quem pensará por mim? Certamente ninguém, mas também é ingênuo pensar que penso sozinha com minha própria cabeça. Quem pensa é minha história, minha criação, minhas referências. Aqueles pontos sensíveis que vieram inseridos no DNA. Aquelas moléculas que balançam diante das injustiças do mundo ou com as misérias da guerra. O orgulho da luta dos antepassados. As raivas engolidas. São todos esses personagens que pensam juntos e pendem para um lado determinado da história. Uma escolha conjunta e complexa.
As manchetes estão cheias de homens brigando. É basicamente isso. Homens de egos frágeis, fome de poder e desespero por fazerem história. Reflito que, por vezes, não valem meu pensamento.
Largo as notícias e retorno a um microcosmos no qual posso agir de modo a fazer alguma real diferença. Há elucubrações em excesso e elas de nada servem sem os bons gestos.
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