“Existe um momento na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e realizar nossos sonhos…
e esse momento tão fugaz chama-se presente e tem a duração do tempo que passa…”
Compartilhei desse sentimento de Mário Quintana quando, no dia 19 de junho de 2023, estava na sacada da casa de minha filha e contemplava a beleza do céu do inverno próximo. Meu olhar direcionava-se para a estrela maior e mais brilhante que entrava na minha mira, e… outra começou a despencar do céu. Uma estrela cadente?
Momento fugaz de rara beleza e, na ligeireza de seu tempo, permitiu-me somente ficar em êxtase. Momento epifânico e único! Sua trajetória iniciou-se com um ponto de luz em decadência e, em segundos, adquiriu uma cauda longa, vermelha e brilhante. Já sabia que alguns corpos celestes, ao entrarem na atmosfera terrestre, ficam incandescentes. Pensar na imensidão do universo e presenciar o “show da vida” — diria que dos céus, para brincar com a expressão — foi um presente. Um encantamento com o inesperado espetáculo cósmico se dá.
No dia seguinte, buscando na internet, pude constatar que a exibição universal foi avistada em Minas Gerais (onde estava), Espírito Santo, Goiás e São Paulo. Era realmente um meteoro, poeticamente conhecido como estrela cadente.
Momento fugaz — dos seus 30 segundos de passagem à eternidade das memórias daqueles que o vivenciaram.
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