Não precisamos escravizar o que reconhecemos como “próspero” num cativeiro de desamparo, perdido em culpas. Cada um tem a sua individualidade acerca de inúmeros significados que envolvem o tema e eleger um ou outro seria uma atitude leviana.
É comum ouvir alguém dizer que sente vergonha de ser feliz enquanto o outro está triste. Ou que se sente constrangido por ter uma mesa bem mais farta do que em outras casas. Ou até mesmo de constatar que a saúde parece mais generosa com o seu corpo do que com o de outros.
É bom lembrar que essas particularidades não são diretrizes de toda a humanidade, e que muitas estradas se cruzam em meio a milhares de pontos de vista sem ter pontualmente um fim.
Podemos ter prosperidade ao estar dentro de uma mansão ou ao comer um simples pão com manteiga. Num carro importado ou numa palavra de carinho, em uma taça de vinho ou num copo d’água.
O fato é que não podemos carregar a mala das vivências de ninguém, tampouco aliviar um peso que não damos conta. Algumas agruras são legitimamente pessoais e não admitem transferências, e todos têm a sua hora de descobrir os seus estilhaços e colocar as suas lutas no lugar.
Por mais que isso soe como um gesto frio e egoísta, se trata da ordem natural das coisas desde que o mundo é mundo. Ou pelo menos, quando por alguma razão escolhemos estar aqui nessa dimensão.
É legítimo ter uma aflição quando nos deparamos com o sofrimento do outro, e sentir aquela coceirinha nas mãos querendo amparar. Se trata de um comportamento instintivo que faz parte da essência de nós humanos e que retira a nossa porção de empatia da prateleira, ainda que nos dias de hoje o mundo pareça tão desumano.
Muitas vezes, temos o afã de ser o dono do destino e inverter os resultados, ou queremos incorporar um desses roteiristas famosos de cinema e mudar o final do filme, correndo o risco de nos indispormos com o nosso lugar de paz e abrir chagas que pareciam sãs. E até mesmo de contrair o coração e experimentar dores horríveis.
Se formos parar pra pensar, veremos que é viável desabitar esse método de comparação entre a nossa vida e a vida de uma outra pessoa. É viável concluir que prosperidade não está atrelada apenas a uma volumosa conta bancária. Não é sobre isso!
Todos nós precisamos de um cuidado que vem de dentro sem precisar pedir. Uma massagem nas nossas fragilidades que seja capaz de suavizar as nossas olheiras, uma fé oportuna que possamos considerar a nossa melhor amiga ou uma gratidão generosa pra conversar com o nosso âmago.
Uma diquinha…
Todas as noites antes de dormir conte ao seu travesseiro que ser “próspero” não é um ato de perversidade, embora alguns queiram nos dizer que sim.
Ele vai gostar de saber!
Abrindo um parênteses (…)
Não se trata de desmerecer, nem de criticar os atos filantrópicos.
Que eles vivam pra sempre!
Já me importei com tanta coisa… Com perfeição, aparências e planos. Já chorei sozinha e…
Um encontro casual com uma prima querida no Pátio Savassi rendeu uma tarde repleta de…
Victória Farias Era um dia ensolarado de outubro, desses que você não consegue se lembrar…
Tadeu Duarte tadeu.ufmg@gmail.com O jornalismo BR segue nos brindando com manchetes de nossa realidade cada…
Mário Sérgio Entre as tentativas de empreendimentos sem capital nem domínio do tema, sem qualquer…
Rosangela Maluf Sempre brincávamos as quatro juntas: Fádwa era mais velha, tinha onze anos. Layla…