Depois dos perrengues em Israel, nosso retorno incluiu uma conexão em Adis Abeba, capital da Etópia. Mal sabíamos que nossa chegada coincidiria com uma ocasião especial: o réveillon etíope.
Sim, em pleno setembro, fomos surpreendidos pelo primeiro dia do ano no calendário local!
A Etópia segue um calendário próprio, uma variação do antigo calendário alexandrino, que tem raízes no sistema egípcio. Diferente do calendário gregoriano usado no Brasil e na maior parte do mundo, o calendário etíope conta com 12 meses de 30 dias e um 13º mês com 5 ou 6 dias (em anos bissextos). Além disso, está 7 ou 8 anos atrasado em relação ao nosso, por diferenças nos cálculos históricos sobre o nascimento de Jesus Cristo. Assim, em 2024, eles celebraram a entrada de 2017.
A Etópia é um país de contrastes. Embora rico em cultura e história, enfrenta desafios de infraestrutura e pobreza. Sem conhecimento prévio sobre como o feriado impactaria o funcionamento das coisas, planejamos viver nosso último dia de viagem como qualquer outro. Mas a realidade foi bem diferente.
Confesso: foi o pior início de ano da minha vida! Tudo estava fechado. O quarto do hotel era um desastre: o banheiro alagou, nada funcionava, e um cheiro forte de incenso misturado com flores pisoteadas invadia tanto as áreas comuns quanto o interior do quarto. Para coroar o caos, músicas tradicionais ecoaram em alto e bom som durante todo o dia.
A única opção de alimentação era o buffet do restaurante do hotel. Parecia que a comida estava ali há semanas. Já a bebida local oferecida, de sabor peculiar, lembrava um xarope desagradável de algo indeterminado.
Como bom insone, não consegui dormir até altas horas da madrugada — bem a tempo de nos prepararmos para o retorno ao aeroporto. O cansaço e o desconforto marcaram nossa despedida regada ao trauma da “viagem no tempo”, agravados pela ausência da tão gostosa cerimônia do café, que tínhamos experimentado ao chegar no país no início da viagem.
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