Ainda estamos aqui.
Para ecoar suas vidas.
Para ouvir seus silêncios, seus gritos, seus choros.
Mortos sem nome, sem data, sem papel.
Ainda estamos aqui.
Para cuidar da memória.
Para zelar pela história.
Mortos sem terra, sem chão.
Ainda estamos aqui.
Para curar as feridas, para destacar as desimportâncias.
Coisas pequenas como estas.
Mortos com fome, com sede.
Ainda estamos aqui.
Para não sermos esquecidos nas impermanências.
Para poder continuar.
Mortos à deriva.
Ainda estamos aqui.
Para fechar ciclos.
Para lembrar da finitude, da potência do luto.
Mortos privados de criação.
Ainda estamos aqui.
Para denunciar o inaceitável, o incabado.
Para desvendar o mistério da vida.
Mortos carentes de justiça e amor.
Ainda estamos aqui.
Para recomeçar a narrativa.
Para honrar as mensagens de suas vidas.
Mortos sem palavras.
Ainda estamos aqui.
Por Rubens, Doras, Thiagos, Celinas.
De mãos dadas na linha da história.
Nossos mortos ainda vivem.
(Inspirado no filme “Ainda estou aqui”)
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