Nas minhas adultices sempre procurei desvendar o processo de “merecimento”, e encontrei muitos fios soltos, paradoxos religiosos, autoflagelo, e pouca esperança.
Construções feitas em cima de idealizações que quando vistas com profundidade não condizem com o que viemos fazer aqui nesse planeta. E quase nada se fala em aprender mais sobre o que deixa o nosso coração quentinho.
Um senhor uma vez me disse que precisamos ter humildade, e que os nossos sonhos não podem atingir o segundo andar, tampouco seria tolerável deixar a vida mais amena. Sob o risco de sermos condenados ao fogo do inferno sem nem precisar fazer o check-in. Em resumo- carregar algum sofrimento a tiracolo.
Acho desconcertante não ter uma visão de crescimento pairando na nossa imaginação, e uma vontade de lutar pelas nossas conquistas ao alcance das mãos. Aquela molinha que nos impulsiona e tira o nosso corpo da cama, e que nada tem a ver com soberba, ganância, ou imosdéstia.
Olho atentamente para os meus sentimentos e só consigo ser autêntica sem limitações, sem tentar me convencer que não preciso de um processo de evolução, e sem exercitar a minha função “pouca estima”. Tenho que reconhecer que nunca estou pronta, e nem sei se quero me sentir assim um dia.
Ainda que não seja a forma mais correta, me orgulho de todos os “eus” que nascem e morrem dentro de mim, que não me colocam contra a parede, e que debocham quando eu quebro a cara.
Por isso sou merecedora sim!
Da melhor torta de chocolate, do perfume Carolina Herrera, e de um quarto todinho meu. Do licor Frangélico, de um marcante óleo de banho, do meu batom vermelho. E claro, dos boletos em dia.
De todas as coisas que o (dinheiro) pode comprar.
Do melhor filho do mundo, do meu lápis encontrando as pessoas, dos amigos no tempo certo, dos amores que eu jurei que seriam pra sempre. Ah! E de todos os “gostosa” que já me disseram.
De todas as coisas que o (dinheiro) não pode comprar.
E tem mais! Sou merecedora dos olhos verdes/azuis mais lindos que eu já vi.
PS: O amor que a vida me deu de presente.
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...nos colocar em primeiro depois da maternidade/paternidade é uma tarefa difícil.
Mas a gente consegue.