Nos dias 03 e 10 de Novembro serão realizadas as provas do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM – 2019.
É comum nesta época do ano receber em meu consultório adolescentes e pais ansiosos, procurando ajuda na escolha de uma profissão.
Geralmente, eles chegam cheios de expectativas procurando orientação vocacional (OV).
Outro dia, ouvi de um deles: “tenho que resolver neste mês o que vou fazer o resto da vida”. E de outro: “Vou sair daqui com o caminho garantido e com a profissão certa”.
Minha primeira intenção é ouvir tais anseios e desmitificar o processo de OV, pois não há solução mágica e definitiva para a vida de ninguém, até porque, como tenho escrito aqui no blog, “tudo muda, o tempo todo no mundo”. Este é o primeiro ponto.
O segundo ponto é que tenho observado que, apesar da ampla gama de informações disponíveis na internet e nas redes sociais, as escolhas dos jovens têm sido feitas cada vez com mais imaturidade.
Acho que sobra informação, mas falta experiência. Outro dia recebi um adolescente que já tinha ingressado numa faculdade, mas estava insatisfeito com o curso.
Qual não foi a minha surpresa para a resposta dele à minha pergunta: “Como foi a sua escolha profissional? Por que você escolheu cursar X?”. “Ah, é porque um amigo meu já fazia e gostava”.
Outro dia, uma outra garota me disse que não tinha pesquisado a grade curricular do seu curso antes de se inscrever. Já na faculdade, deparou-se com um conteúdo maior do que o esperado de disciplinas na área de exatas, o que gerou grande desânimo e frustração.
Um outro ponto que merece atenção é a influência que o contexto familiar exerce na escolha da profissão, às vezes, alinhando-se à ela – por influência e “pressão” familiar – ou indo em direção oposta – às vezes, por “transgressão”-.
Mas, em que consiste a orientação vocacional? Ela é um processo de autoconhecimento e de conhecimento do mundo do trabalho, que, ao utilizar técnicas e testes específicos, faz com que o sujeito seja capaz de compatibilizar tais informações com a orientação do seu próprio desejo.
O objetivo último da orientação profissional é aumentar as chances de sucesso da escolha profissional, aumentando a satisfação e motivação, diminuindo as chances de desistência do curso de graduação escolhido, e a “perda” de tempo e de dinheiro.
Costumo dizer que o mundo é muito grande e que as possibilidades são muitas, ninguém precisa sofrer a vida toda por uma escolha equivocada aos 17-18 anos de idade.
É preciso ter coragem para voltar atrás e fazer um novo caminho.
Por isso, tenho usado a orientação vocacional também para casos de profissionais já maduros, que buscam reorientação profissional nos casos de demissão, aposentadoria e vontade de empreender.
No próximo post (sábado) darei dicas de o que fazer para ter mais chances de sucesso na sua escolha. Fique de olho!
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Adorei!!