Tenho a sensação de estar vendo a vida pelo retrovisor.
O tempo passa e eu não consigo sair do jardim de infância. Parece que ele não age com delicadeza, que não reconhece que eu não sou a “mulher maravilha”, que não me ensina a respirar melhor, e é incrivelmente tosco.
Ouço as minhas intensidades pedindo espaço, querendo viver momentos que curam, planejando mudar o corte de cabelo, e tornando os meus erros humanos.Tirando o batom vermelho da bolsa, tomando decisões sem me pedir licença, e deixando o aperto no peito pra depois.
Os meus pés não conseguem andar, e a cada movimento lento o relógio avisa que não vai me esperar. A vida me parece provisória e eu preciso comê-la, antes que ela volte ao seu ponto de partida e me jogue na cara aquele “The end”- que pra mim ainda é cedo.
Preciso salvar os olhares que me despem, os amores que eu não vivi, o moço que me tirou pra dançar, os desejos que me excitam, e as loucuras de uma noite inteira que não vão chegar nunca.
Quero encontrar uma maneira de me presentear, de sentir os meus poemas preferidos me observando, de tomar conta desse meu lado frágil, e acreditar que meditar é possível.
Ter condições de fazer um altarzinho para os ciclos que eu vou ver nascer e ser tolerante com os que se encerram. Juntar lugares, histórias, pessoas, e tudo o mais que for merecedor de um gesto de carinho.
Pra não dizer que não entendo nada sobre(viver), vou colocar um pouco de “agoras” pra tomar banho comigo.
E o tempo se quiser… que me acompanhe.
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