A rede de apoio é realmente o dispositivo onde uma vida em queda se ampara.
Esta semana, pude vivenciar isso ao observar a evolução de uma paciente.
Desmotivada, ela havia desistido de tudo. Porém, não haviam desistido dela. Uma pessoa que se importava com ela convocou outra, que chamou mais uma e assim se formou um trio de braços para carregá-la.
Esse trio a ergueu e removeu-a do poço. Hoje ela está de pé e segue apoiada, muito melhor do que já esteve.
Há milagres muito simples que acontecem todos os dias. Esse foi um deles. Geralmente, não se fazem sozinhos. Vêm de ações conjuntas. Quando cada um toma uma parte do todo para si, é possível construir coisas grandes com gestos pequenos.
Este fato lembrou-me como é impressionante a solidão do adolescente. Ele não tem um lugar definido, um tamanho definido, uma função específica no mundo. Ele oscila entre dois pontos. Ele é o que se encontra nesse intervalo. No entanto, em seu formato dinâmico, está inteiro.
Vejo muitos adolescentes solitários, desamparados, embora vivam inseridos em núcleos familiares. Não têm o apelo inocente da criança pequena. Tampouco a independência de um adulto. São tomados como um ou como outro erroneamemte. Tal escolha não cabe a terceiros. Eles são como são e não devemos confundi-los.
Os adolescentes precisam de mais espaço na sociedade. De mais compreensão, de mais escuta, de mais reconhecimento. Precisam que não subestimemos os seus sentimentos e de uma leve condução até estarem prontos. Precisam de redes de apoio.
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