Gosto das meias palavras ou de poucas palavras,
Das reticências que dão margem à imaginação,
Dos silêncios falantes,
Das falas da natureza.
Dos sons que nos invadem de poesia,
A chuva que cai, cai, cai…
O rio que corre, corre, corre…
O vento que sopra, sopra, sopra…
Do suspiro que diz…
Do ritmo do coração emocionado,
Das gargalhadas que dobram de prazer,
Dos gemidos misteriosos…
O pássaro piou,
O livro folheou,
A cobra rastejou,
A vida aconteceu.
O suspiro se fez,
O som ecoou,
O riso dobrou,
Passarinho cantou com voz de primavera.
A vida se renovou,
A pele da cobra ficou
Na areia, e o grão
A formiga levou.
A vida entoou
O silêncio do mistério
Que o rio levou
Mar adentro, e ali ficou.
Do rio, eu rio,
Do nado, eu nada.
De lá para cá,
A vida se faz.
*
Imagem: Referência a mitologia nórdica. Deus da poesia e das artes.
Peter Rossi Sigo contando minhas peripécias, espero que não os enfade, mas, ao contrário, desperte…
Wander Aguiar Buenos Aires é uma das minhas cidades favoritas no mundo, e jamais vou…
Aproveitando o ensejo das eleições municipais (e inspirada pelo ritmo musical ouvido por meus filhos),…
Daniela Piroli Cabral danielapirolicabral@gmail.com O suicídio é tema complexo e sensível, ainda revestido de estigma,…
Eduardo de Ávila Não bastassem tantos dissabores a que a vida moderna tem nos condenado,…
Silvia Ribeiro Dificilmente confidencio minhas lutas. Talvez por andar distraída demais com a vida que…
View Comments
É tão verdadeiro e profundo que me senti leve, como se estivesse caminhando na trilha e voltei em mim !
Com o som de uma buzina me alertando que estou atravessando a avenida.