Ontem, recebi um email supostamente enviado por John Kooke, investigador particular de Hong Kong. Ele dizia ter informações muito importantes para me passar. Achei curioso, deletei rapidamente e fiquei pensando no que aconteceria se eu tivesse respondido à mensagem.
Menos precavida, há alguns meses vi um anúncio promocional de uma das minhas lojas preferidas. Cliquei no link que dava acesso ao site e comprei lindos objetos de casa pelo valor de uma pechincha. A compra nunca chegou. Certamente era uma página falsa com aparência idêntica à da original.
Ultimamente, está mais perigoso ficar em casa mexendo na internet do que sair pelas ruas sozinho de madrugada. A criatividade dos ladrões virtuais está em alta. Eles se aproveitam de vulnerabilidades psicológicas diversas – como curiosidade, medo, desejo por descontos ou por melhorar de vida – e aplicam golpes de todas as maneiras possíveis.
Um amigo advogado disse que o mundo do crime deslocou-se de vez para o terreno ‘online’ e é verdade. Por isso, necessitamos cada vez mais de senhas, palavras-chave, verificação em dois fatores, reconhecimento facial e de provas de que somos mesmo humanos…
Não bastassem os jogos de apostas – crimes legalizados – que se disseminam como praga, é preciso ter cautela e desconfiar de ofertas que pareçam boas demais para serem verdade. Também é necessário segurar a curiosidade e o ímpeto de clicar em chamadas sensacionalistas. Diferentemente do mundo fora das telas, em que a ingenuidade ou inexperiência nos deixam mais vulneráveis ao engodo, para cair em ciladas virtualmente basta um pequeno lapso ou desarmar-se da vigilância e da atenção constantes. Que ao menos a nuvem, onde os dados estão salvos, permaneça imune. Que o que está acima dela nos ajude!
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