Viajar sempre nos traz surpresas agradáveis e, ao longo desses anos como viajante, conheci e reencontrei pessoas que se tornaram amigas e fizeram toda a diferença para tornar ainda mais especiais alguns lugares que visitei. Hoje, vou contar sobre um desses reencontros inusitados.
Conheci Mari numa viagem à Escócia, através da Camila, amiga que me acompanhava, juntamente com Luciano e Márcia, na nossa Eurotrip. Na época, ela estava fazendo um sabático e tinha recém-chegado a Edimburgo para passar alguns meses. Além de ótima companhia, ela aceitou o convite da Camila para nos ajudar a desbravar a cidade.
Por lá, tivemos momentos cômicos e memoráveis, como no dia em que fomos “convidados” para a inauguração de um restaurante e, sem querer, pedimos um frango inteiro para duas pessoas. A viagem terminou e continuamos a amizade; fui acompanhando a rota da Mari.
Em junho do mesmo ano, eu passaria alguns dias na África do Sul, entre a Cidade do Cabo e Joanesburgo. Na semana da viagem, abri o Instagram e, quem estava por lá? Mari! Na mesma hora, mandei uma DM dizendo que chegaria em dois dias e que deveríamos combinar um encontro. Ela prontamente respondeu que havia acabado de chegar lá e pediu que eu enviasse o endereço de onde eu ficaria para que combinássemos algo no meio do caminho entre nós dois.
Como se não bastasse essa feliz coincidência do destino, quando encaminhei o lugar onde eu ficaria, ela estava trabalhando e morando no mesmo hostel que eu havia reservado! Pronto, fiquei tranquilo e sossegado, sabendo que teria a companhia de uma amiga e grande aventureira, e eu estava certo…
Conseguimos fazer alguns passeios juntos durante os horários vagos dela e, em uma dessas ocasiões, alugamos um carro e saímos desbravando os arredores da Cidade do Cabo, na incrível Chapman’s Peak, a rodovia que vai até o Cabo da Boa Esperança e uma das mais bonitas pelas quais já passei.
Vale dizer que nesse dia ainda tivemos a oportunidade de ver o mal feito virar um bem feito. Quando estávamos saindo do Cabo, um turista sem noção começou a jogar pedras nos macacos que habitam o local, e eis que, numa distração, alguns integrantes do bando começaram a correr para atacá-lo, enquanto um dos macacos pegou a mochila dele, que continha câmera, passaporte, carteira etc., e fugiu com ela para o alto da montanha, onde não havia a possibilidade de ele recuperar a mochila com facilidade.
Infelizmente, não pudemos ficar para ver o desfecho da história, mas é certo que, no mínimo, um trabalho ele teve e vai pensar várias vezes antes de atacar qualquer animal novamente.
A viagem seguiu e a amizade continuou. Agora, aguardo o próximo destino que faremos juntos.
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