Cadê você?
Quebra esse silêncio e coloque doçuras nas minhas loucuras, me olha com aquele jeito que eu gosto, e me ensina a soltar a prosa presa na garganta e os fartos arrepios que mimam o meu coração.
Chega assim de repente, e arranca de dentro de mim aquela menina moleca que abandonou todas as adultices da vida pra se tornar capaz de ser a anfitriã da sua pele. E antecipe aquele par de asas que me leva pro seu abraço com a mesma suavidade de conceber uma poesia ou cantarolar uma canção.
Me tenha como se eu fosse a última e a primeira, ou apenas alguém capaz de perdoar a acidez da distância que todos os dias se torna um ser que precisa de colo.
Sinta as minhas agonias e o meu desejo úmido imaginando como será sobreviver dentro do seu gozo, e me traga o entusiasmo de ser merecedora das fantasias que eu criei pra mim.
Se habite nessa imagem avassaladora dos meus seios debruçados nas suas costas e repare a minha lingerie completamente solitária. Não me pergunte sobre a beleza que transforma o nosso encontro no meu dia preferido, tampouco tente me fazer perdurar sem as minhas intensidades.
Preciso que você se enrosque nas minhas pernas, que morda o meu queixo e me faça rolar de rir, que aprenda tudo sobre as minhas carícias favoritas, e que prolongue a alegria absurda que eu sinto quando atualizo a saudade e deixo na sua nuca os rastros da minha língua.
Venha com a sua vontade corajosa e o seu prazer irreverente me convidando para um banho demorado, e direcione cada gota de água que percorre a minha silhueta pra que elas ouçam o que a minha mente precisa.
Me faça lembrar daquele dia em que você parou em frente a cama depois da gente fazer amor…
Lentamente você ia me contando sobre coisas triviais como se quisesse segurar nas suas mãos aquele momento, e olhava o meu corpo ainda nu com um brilho divertido nos olhos.
E como numa tela de cinema a minha respiração ainda falava de nós dois, e o meu suor erotizava todo aquele tesão que não queria descansar. Logo sensações diferentes visitavam a minha alma como uma explosão de cores vivas.
Era gostoso experienciar todas aquelas vozes falando besteiras, quebrando protocolos, fugindo da minha intimidade e me permitindo coisas que eu nunca havia dito.
Sem ter todas as respostas e de forma amadora eu soube que somente você era capaz de me convencer a começar tudo de novo, e começamos.
Gradativamente espalhei todos os meus “eu te amo” pelo quarto e agradeci a vida por aquele presente.
Me senti um manjar dos Deuses.
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O corpo expressando os sentimentos mais íntimos.
Uma combinação perfeita.
Excelente ! Parabéns Sílvia
Obrigada!
Texto maravilhoso, de um erotismo elegante e excitante.
Adoro o que você escreve.
Obrigada pelo carinho.
Como sempre ,maravilhoso texto !! Parabéns Silvia !!
Gratidão querida!