E eu sei que um dia ele irá se esbarrar em algumas letras assinadas por mim, “dizendo de nós dois”. Almejo que nesse exato momento ele se surpreenda com a minha maneira de sentir o maior amor do mundo, e de viver enlouquecida com os achados das minhas fantasias.
Tudo muito bem rabiscado, letras exóticas e delineadas, metáforas e mágicas pra dizer que ama, e previsões que vivem em algum lugar em mim. Uma particularidade sem medo no olhar e jogando na cara todas as minhas insanidades românticas. Pressuponho que tudo isso possa acalorar o seu humor e mudar as suas filosofias já um tanto quanto arranhadas. Quem sabe até explique o sentido daquele abraço bom, a euforia do meu sorriso, o perfume que sempre ia comigo pra casa, o suor extremamente acolhedor, e um orgasmo surreal.
E no meio de tantas suposições pode ser que ele não queira voltar pro mesmo lugar e prefira matar essa história. Dizer pra si mesmo que o nosso enredo era cafona, que a saudade era só uma manha, e que aquele banho quentinho nem era tão gostoso assim.
Mas isso não importa.
O amor tem um pouco de tudo. Embora seja muito particular, lá no fundindo da alma não sabemos qual é a química que o constrói e tampouco o veneno que o destrói.
Passamos anos das nossas vidas tentando fechar essa conta, e por uma total inabilidade a calculadora atônita se recusa. E é aí que aprendemos que temos a vida inteirinha pra abrir os olhos e dar bom dia ao sol.
Lembramos que é legítimo ser gentil com o espelho todas as vezes que o nosso coração vagabundo sair por aí em busca de algo digno de um “seguir em frente” excitante, e voltar com as mãos vazias.
Por isso prefiro ficar aqui com o meu jeito e os trejeitos, com as minhas curvas que quase ninguém desvenda, com as minhas costas rotineiramente tensas e pedindo massagem, e com a alegria que eu tenho quando estou em boa companhia.
Ah! Não posso esquecer.
Prefiro ficar aqui com a minha vontade de ser sua mulher todas as noites antes de dormir.
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Good!
Muitas das vezes para realizarmos os nossos desejos, temos que ousar, ultrapassar alguns sinais fechados, e ir de encontro a ele.
Exatamente!