Essa é mais uma história que aconteceu comigo naquela que é uma das minhas cidades favoritas no mundo, com minhas companhias favoritas: Nova York com meus pais.
Estávamos super ansiosos para comemorar os 70 anos do meu pai na Big Apple. Comprei as passagens, reservei hotel e aluguei um carro. Sim, eu aluguei um carro para andar em Nova York.
Já adianto a dica: nunca, repito, nunca alugue um carro por lá. É desnecessário. O transporte público cobre a cidade inteira, o trânsito é caótico, não existe lugar para estacionar e, na pior das hipóteses, você pode pegar um táxi.
Apesar de saber disso tudo, insisti que alugar um carro de um dia para o outro seria a melhor opção para o que queríamos fazer: ir ao outlet e ao supermercado. E, de fato, a ideia foi boa. Pegamos o carro pela manhã, fomos até o outlet de uma cidade vizinha e depois fomos ao supermercado terminar as compras.
O que eu não contava era com o que viria depois. Ao chegarmos super cansados, quase meia-noite, eu não achava nenhuma vaga para estacionar o carro, o que é super natural em Nova York. Rodei bastante e acabei encontrando uma “vaga” em frente ao hotel. Aquilo parecia um milagre. Inocentemente, sob as ressalvas da minha mãe, que dizia estar muito fácil para ser verdade, estacionei e fomos descansar.
Na manhã seguinte, devolveríamos o carro se não fosse o fato de que ele não se encontrava onde eu havia parado.
Quando não vi o carro, entrei em pânico, desesperei e rezei para que o carro tivesse sido roubado, já que esse seria o melhor dos mundos, visto que tínhamos o seguro e a locadora teria que resolver. No entanto, esse não foi o caso.
Como eu parei na frente de um hidrante, poucos minutos depois o carro foi rebocado. Descobri isso depois de muito pedir ajuda em vão. Decidimos então ir para a locadora tentar algo. Por lá, também não fomos muito bem recebidos, mas depois de muita insistência, me ajudaram, dando o endereço de onde o carro poderia estar.
Eu e meu pai atravessamos a cidade e chegamos num galpão gigante da Polícia de Nova York, num cenário de filme, cheio de reboques e carros. Conseguimos descobrir que o carro estava lá.
Depois de pagar tudo e deixar várias dezenas de dólares, nos disseram que somente meu pai poderia sair dirigindo o carro, pois ele era o locatário responsável. O detalhe é que ele não sabia dirigir carro automático. Ou seja, tive de virar instrutor de autoescola por um dia até virarmos a esquina.
De lá, voltamos para entregar o carro e recuperar minha mãe, que tinha ficado como garantia, com a certeza de que nunca mais alugaremos um carro em Nova York.
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