A primeira vez que viajei para fora do país foi com minha querida amiga Daniela Chaves. À época, tínhamos 15 anos e nossos pais nos deram uma viagem de excursão para a Disney e Nova York. Pouco tempo antes, outro grupo de amigos tinha feito a mesma excursão e conhecera um grupo de brasileiros ilegais que estavam tentando a vida em Orlando.
Tínhamos uma ordem clara: não poderíamos sair do hotel. Porém, transgressores de regras que éramos, conseguimos o contato deles e marcamos de nos encontrar. Como eles tinham carro, iriam nos buscar no hotel e sairíamos para passear no centro de Orlando, que não estava incluído no nosso roteiro. Tinha tudo para dar errado, e claro que deu!
Logo quando fomos buscar o carro no estacionamento, eles não lembraram onde tinham estacionado. Depois, quando pegamos a rodovia, os meninos avistaram o carro do xerife e, com medo de serem pegos, acabaram errando o caminho, o que fez com que nossa ida demorasse bem mais que o previsto.
Quando finalmente chegamos ao centro, o pessoal fez questão de pagar nossos lanches, e eu, claro, achando que já estavam nos sequestrando. Levaram uma garrafa de whisky e todos, menos eu, começaram a beber. Lá pelas tantas, decidimos voltar para o hotel, sendo que uma colega da excursão passou um pouco da conta e, chegando no estacionamento, começou a passar mal. Adivinhem quem estava no banco da frente? Eu! E, de uma hora para outra, recebi um enorme jato de vômito em minhas costas. Numa cena digna de filme, aproveitei que o carro estava bem devagar, abri a porta e simplesmente me joguei do carro em movimento.
Graças a Deus não cheguei a me machucar, porém, minha roupa estava num estado lastimável e iríamos para Nova York logo no dia seguinte. Precisava do meu moletom, já que estava bastante frio. Quando percebi que a colega tinha melhorado, ainda com bastante raiva, disse a ela que desse um jeito de lavar meu moletom para ele secar até antes do nosso embarque. De fato, ela conseguiu, do jeito dela, dar um jeito na minha roupa e seguimos para o próximo destino.
Pensa que aprendemos? Não! No dia seguinte, lá estava eu e Daniela pelas ruas de NY, batendo perna e comendo em lugares no mínimo questionáveis, até que fomos pegas pelo guia que nos deu aquele sabão e mandou a gente voltar para o hotel. Lógico que ainda saíram várias histórias que em breve conto por aqui.
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